O presidente dos EUA, Joe Biden, assinou nesta sexta-feira (8) uma medida administrativa que busca proteger o direito das mulheres ao aborto. A ação vem como resposta às recentes decisões da Suprema Corte do país que revogaram a lei Roe vs Wade, que legalizava o procedimento abortivo.
No mesmo pronunciamento feito na Casa Branca em que anunciou a medida, Joe Biden enfatizou sua posição contrária à decisão da Suprema Corte. “Quando você lê a decisão que a Corte fez está claro que eles não vão proteger os direitos das mulheres“, afirmou.
O presidente também propôs uma situação hipotética para exemplificar seu posicionamento: “Uma paciente entra numa sala de emergência em qualquer estado da União, ela está experienciando uma gravidez de risco, mas o médico estará tão preocupado em ser criminalizado por tratá-la que ele irá adiar o tratamento para chamar o advogado do hospital, que estará preocupado se o hospital será penalizado se o médico providenciar o cuidado que poderia salvar uma vida.”
Por fim, Joe Biden chamou as recentes abolições do aborto de “ultrajantes”, “perigosas” e “extremistas.”
Biden reconheceu que suas ações contra a decisão da Suprema Corte são limitadas, mas o presidente norte americano está tentando usar de todas as manobras à seu alcance para reagir a favor do aborto. Ainda nesta sexta-feira, disse ter apelado para o Departamento de Justiça para que fizessem “qualquer coisa” para proteger o direito ao aborto.
O decreto assinado propõe uma expansão do acesso a métodos contraceptivos, com destaque para o ‘DIU’, apoio à clínicas abortivas e proteção dos dados pessoais e privacidade das pessoas que procurarem os procedimentos. Uma força tarefa liderada pela Casa Branca também será lançada para discutir como o governo pode facilitar e garantir o acesso ao aborto.
Congressional Republicans want abortion to be illegal.
But let me tell you something: As long as I’m president, I will veto any attempt.
I don’t care what they try to do. I will never let it become law.
— President Biden (@POTUS) July 8, 2022
Desde a revogação da Lei Roe vs Wade pela Suprema Corte norte-americana, 7 estados já aboliram completamente a legalidade do aborto.