A Rússia anunciou que iniciará uma ação legal contra a Meta, e acusa a empresa controladora do Facebook e Instagram, por ter relaxado suas regras sobre mensagens violentas direcionadas ao exército e líderes russos.
De acordo com a agência de notícias Radio Française Internationale (RFI), o Comitê de Investigação da Rússia indicou que iniciou suas investigações “antes de pedidos ilegais de assassinato de russos por colaboradores da sociedade americana Meta”.
A promotoria do gigante europeu solicitou que a empresa de Zuckerberg fosse classificada como uma organização “extremista” e bloqueasse o acesso ao Instagram no país. O Facebook não pode mais ser acessado praticamente desde 4 de março. O comitê se concentra em particular em Andy Stone, chefe de comunicação da Meta, que anunciou na quinta-feira uma mudança nas regras de publicação do Facebook e do Instagram.
Deve-se notar que o Instagram é muito popular entre os jovens russos, além de ser uma ferramenta de vendas online crucial para pequenas e médias empresas daquele país. É também uma das principais fontes de renda para artistas e criadores.
O Alto Comissário para os Direitos Humanos expressou preocupação com o anúncio da Meta de abrir exceções às suas regras em relação a mensagens hostis aos militares e ao governo russo. “É claramente uma questão muito, muito complexa que levanta questões de direitos humanos e leis humanas internacionais”, disse Elizabeth Throssel, porta-voz da agência.
RM/LR
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Perfil Brasil.
*Texto publicado originalmente no site Perfil Argentina.