
Os governos de Suécia e Finlândia entregaram nesta quarta-feira (18), em Bruxelas, seus pedidos de adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A decisão marca o fim da história política de neutralidade de ambos os países em relação ao Ocidente e à Rússia.
As candidaturas foram entregues pelos embaixadores de Helsinque e Estocolmo ao secretário-geral da aliança militar, Jens Stoltenberg, que definiu o momento como “histórico”. Segundo o portal Uol, Stoltenberg espera concluir o processo de adesão “rapidamente”.
“Os aliados agora vão avaliar os próximos passos de seu caminho para a Otan”, declarou o norueguês. Caso a adesão seja confirmada, essa será a maior ampliação da aliança militar euro-atlântica desde 2004, quando sete países do antigo bloco comunista, sendo Bulgária, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Letônia, Lituânia e Romênia, se juntaram à organização.
“Todos os membros concordam com a importância da ampliação da Otan. Concordamos que precisamos ficar juntos e que este é um momento histórico”, declarou Stoltenberg. Ampliação praticamente dobrará a fronteira ente Otan e Rússia, uma vez que a Finlândia compartilha cerca de 1,3 mil quilômetros de divisa com o país.
Para ingressar na Otan, Suécia e Finlândia necessitam da aprovação unânime dos Estados-membros da aliança. Até então, apenas a Turquia manifestou resistência, acusando ambos os países de dar guarida a supostos “terroristas” curdos.
A cerimônia de entrega conjunta das cartas de adesão à OTAN da Finlândia e da Suécia ao Secretário-Geral da aliança, Jens Stoltenberg @jensstoltenberg. Terá início agora o processo de adesão que provavelmente se estenderá por alguns meses. pic.twitter.com/dNdgBbXJ9r
— Hoje no Mundo Militar (@hoje_no) May 18, 2022