APÓS 34 ANOS

Suspeito de participar do atentado de Lockerbie é detido nos EUA

Líbio é acusado de ter programado bomba que explodiu avião sobre a cidade de Lockerbie, deixando 270 mortos.

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(Crédito: Getty Images)

O líbio suspeito de fabricar a bomba que destruiu, em 1988, um avião de passageiros na cidade escocesa de Lockerbie está sob custódia dos Estados Unidos. A informação foi anunciada neste domingo (11) pelas autoridades da Escócia.

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“As famílias dos mortos no atentado de Lockerbie foram informadas de que o suspeito Abu Agela Mas’ud Kheir Al-Marimi está sob custódia dos Estados Unidos”, afirmou a Procuradoria escocesa em um comunicado.

Em dezembro de 2020, a Justiça dos EUA anunciou que estava procurando por Abu Agila Mohamad Massoud, suspeito de ter fabricado e programado a bomba. Ele também seria ex-membro dos serviços de inteligência do ditador líbio Muammar Gaddafi, assassinado em 2011 durante um levante popular.

O regime líbio reconheceu oficialmente sua responsabilidade pelo atentado em 2003 e pagou US$ 2,7 bilhões de indenização aos familiares das vítimas. Um funcionário do Departamento de Justiça disse que Massud deve fazer sua primeira aparição em um tribunal federal em Washington, D.C, e que mais detalhes sobre a audiência serão divulgados.

Na noite de 21 de dezembro de 1988, um avião Boeing 747 da companhia americana PanAm, que seguia de Londres para Nova York, explodiu sobre Lockerbie, deixando 270 mortos – os 259 ocupantes da aeronave e mais 11 habitantes da cidade escocesa. Até hoje, a tragédia é considerada o ataque terrorista mais mortal em solo britânico.

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Em 1991, depois de uma longa investigação realizada por agentes britânicos e americanos, com auxílio da Interpol, foram acusados pelo atentado dois homens da inteligência líbia: Abdel Baset Ali al-Megrahi e Lamen Khalifa Fhimah.

Abdelbaset al-Megrahi, que sempre alegou inocência, foi condenado em 2001 por um tribunal escocês. Ele, única pessoa condenada no caso, morreu em maio de 2012 na Líbia depois de ter sido libertado três anos antes pela Escócia por razões de saúde. O outro acusado à época, Al Amin Jalifa Fhimah, foi declarado inocente e colocado em liberdade.

 

 

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