NOVA GUERRA FRIA?

Tribunal da Rússia condena jornalista americano por espionagem

A Justiça anunciou o veredicto e a sentença nesta sexta-feira (19), pouco depois das 15h no horário local (8h no horário de Brasília), contra Evan Gershkovich. O Wall Street Journal e o governo dos EUA denunciaram o caso como uma farsa

Tribunal da Rússia condena repórter americano por espionagem
Faixa pede a libertação do jornalista Evan Gershkovich – Crédito: Julian Finney/Getty Images

Evan Gershkovich é o primeiro jornalista americano a ser preso sob acusações de espionagem na Rússia desde a Guerra Fria. Ele foi considerado culpado de espionagem e condenado a 16 anos de prisão por um tribunal russo. O governo dos Estados Unidos e o jornal Wall Street Journal – onde Gershkovich trabalhava –  denunciaram o caso como uma farsa.

Publicidade

Tribunal da Rússia

O tribunal de Ecaterimburgo anunciou o veredicto e a sentença nesta sexta-feira (19), pouco depois das 15h no horário local (8h no horário de Brasília). Foi divulgado nesta sexta-feira que o governo da Rússia estava buscando uma pena de prisão de 18 anos para o repórter do Wall Street Journal, de acordo com a agência de notícias estatal TASS.

O tribunal ouviu os argumentos finais e Gershkovich fez seus comentários finais a portas fechadas na manhã desta sexta-feira na cidade, que fica a cerca de 1.800 km da capital Moscou.

A rápida conclusão do caso ocorre poucas semanas depois de Gershkovich ter aparecido pela primeira vez numa jaula de vidro com a cabeça recentemente rapada, no início do seu julgamento, em 26 de junho. Naquele dia, o jornalista estava de braços cruzados, ocasionalmente sorrindo e acenando para a multidão de repórteres.

Prisão do jornalista americano

Gershkovich foi preso enquanto trabalhava como repórter para o Wall Street Journal, durante uma viagem a Ecaterimburgo em março de 2023; posteriormente acusado de espionagem para a CIA. As autoridades russas nunca ofereceram publicamente qualquer prova pública para apoiar as suas alegações.

Publicidade

Duas semanas após a sua prisão, ainda em março do ano passado, o Departamento de Estado dos EUA afirmou que ele foi preso injustamente e pediu sua libertação imediata.

Em comunicado divulgado na quinta-feira (18), o jornal disse que ele havia sido preso injustamente. “A detenção injusta de Evan tem sido um ultraje desde a sua prisão injusta, há 477 dias, e deve acabar agora”, disse a editora do WSJ, Dow Jones.

Publicidade

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.