TROCA DE DEFESA

“Ele é um militar que cumpre ordens acima de tudo” diz advogado de Mauro Cid

O novo defensor do ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro faz ressalvas ao uso da delação premiada, porém afirmou que a possibilidade não está descartada

Mauro-Cid-STF
(Crédito: Geraldo Magela/Agência Senado)

O novo advogado de Mauro Cid afirmou que ele é um “militar cumpridor de ordens”. Cezar Roberto Bitencourt assumiu a defesa do tenente-coronel na noite desta terça-feira (15). Esta já é a segunda troca na defesa do militar e também ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).

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Ele declarou que Cid é um oficial “que cumpre ordens acima de tudo” e que militares também cumprem ordens ilegais e injustas. A declaração foi dada em entrevista à GloboNews.

“Ordem ilegal, ordem injusta, militar cumpre também. Acho que não pode é cumprir ordem criminosa. Vamos avaliar onde apareceu [ordem criminosa], se apareceu, se ele tinha consciência disso, mas são questões de foro íntimo”, explicou.

Ainda acrescentou que “Mauro Cid é um militar, ele cumpre ordens acima de tudo. Vamos examinar os fatos, saber quem é quem, até onde vai a responsabilidade de um e de outro”.

Bitencourt também disse que Cid é um “grande injustificado”. Ele deve se encontrar hoje com o militar para definir qual estratégia de defesa será apresentada.

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Cid está preso desde maio. Ele é suspeito de participar do esquema de desvio e venda de joias recebidas pela Presidência e adulteração de certificados de vacina.

A possibilidade de delação premiada do militar “não está no horizonte” da defesa, mas não é descartada, considerou Bitencourt, em entrevista à CNN Brasil, também na manhã desta quarta-feira (16). Ele disse que reconhece a delação como “instituto jurídico legal”, mas a vê como “aberração” e que iria tratar da possibilidade com Cid.

No entanto, Bittencourt fez uma ressalva quanto ao uso deste inbstrumento. “Sou crítico [à delação], é uma aberração, na verdade. Mas se for necessário, a gente não abre mão. Guerra é guerra, né? Vamos fazer o que for necessário”, ponderou.

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