O ex-presidente e candidato à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (27) para questionar uma decisão da Justiça Federal que bloqueou parte dos seus bens. A medida da Justiça está relacionada à cobrança de R$19 milhões em impostos sobre esses bens.
O caso está ligado a cobranças da Fazenda Nacional contra o Instituto Lula. Segundo a Receita Federal, recursos e a estrutura do Instituto foram usados para “fins diversos daqueles previstos em seu estatuto social”.
De acordo com o portal Poder 360, em seu questionamento da decisão, Lula argumenta no Supremo que alguns elementos usados pela Receita para definir o valor da cobrança de impostos em cima de seus bens estaria “contaminada” por documentos que já foram anulados pelo STF. A afirmação foi feita com base na suspensão do julgamento de Sérgio Moro do caso durante a Operação Lava Jato.
“Busca-se garantir a autoridade da r. decisão tomada pela 2ª. Turma julgadora desse Supremo Tribunal Federal que, em 23.03.2021, nos autos do habeas corpus n.º 164.493/PR, reconheceu a suspeição do ex-magistrado SÉRGIO FERNANDO MORO e declarou, por consequência, a anulação de todos os atos decisórios praticados no âmbito da Ação Penal n. 5046512-94.2016.4.04.7000/PR (caso “triplex no Guarujá), incluindo os atos praticados na fase pré-processual“, escreve a defesa de Lula na peça.
O texto ainda argumenta que a decisão equivocada está dando brecha para opositores atacarem a integridade e prejudiquem seu desempenho eleitoral.