prerrogativa da advocacia

Moraes restringe advogados a Roberto Jefferson e OAB reage

Roberto Jefferson publicou vídeo no qual distribuiu ataques e xingamentos à ministra Cármen Lúcia.

Moraes restringe advogados a Roberto Jefferson e OAB reage
(Créditos: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O Conselho da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que seja garantida as prerrogativas da defesa do ex-deputado Roberto Jefferson, após o ministro Alexandre de Moraes restringir o contato do ex-parlamentar com seus advogados.

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A OAB argumenta que a decisão de Moraes “viola prerrogativa da advocacia”. Com a determinação do ministro, o contato de Jefferson com seus advogados somente poderá acontecer mediante autorização do Supremo.

“Sem descurar da gravidade dos fatos praticados pelo acusado, que inclusive motivou este Conselho Federal a determinar a instauração de processo ético-disciplinar em face do mesmo, já que ostenta a condição de advogado, a proibição dele receber seus advogados sem prévia autorização desse Supremo Tribunal Federal viola prerrogativa da advocacia, razão deste pedido”, afirma a OAB.

A OAB se colocou como uma instituição que está ao lado das instituições democráticas na defesa da estabilidade e tranquilidade do processo eleitoral brasileiro.

“Registre-se que todas as vezes em que ocorreram ataques às instituições democráticas e Poderes da República, a Ordem dos Advogados do Brasil as repudiou e as repudiará de maneira firme e imediata, passando forte e contundente recado ao país da necessidade de se observar a lei e à Constituição Federal, em qualquer hipótese. De igual modo, a OAB, por meio deste Conselho Federal e todas as suas Seccionais, tem se mantido vigilante quanto à observância das prerrogativas da advocacia”, afirmou a OAB.

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O Caso 

Em um vídeo, publicado na última sexta-feira (21), Roberto Jefferson distribuiu ataques e xingamentos à ministra Cármen Lúcia, por ela ter votado para punir uma emissora pelas declarações falsas contra Luiz Inácio Lula da Silva, candidato pelo PT à Presidência da República.

O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou na noite deste domingo (23) que o ex-deputado se rendeu à Polícia Federal. Em um primeiro momento ele resistiu à prisão na manhã de domingo quando policiais federais estiveram em sua casa e disparou contra eles.

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