Fechando a Série

Tebet no JN; confira como foi a entrevista

A candidata do MDB respondeu perguntas sobre corrupção, falta de apoio em seu partido e lembrou do Dia Internacional de Igualdade Feminina.

Tebet no JN; confira como foi a entrevista
Simone Tebet, candidata à Presidência pelo MDB, no Jornal Nacional (Crédito: Reprodução/TV Globo)

A candidata à Presidência da República pelo MDB, Simone Tebet, é a última participante da série de sabatinas organizada pelo Jornal Nacional (JN), da TV Globo. A entrevista é comandada pelos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcellos, e acontece no Dia Internacional da Igualdade Feminina (26).

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Corrupção

A entrevista de Tebet no JN começa com Renata Vasconcellos falando sobre corrupção. A jornalista diz que políticos envolvidos em corrupção continuam no MDB e pergunta: “Como a senhora pretende depurar o MDB?”.

“Bom, primeiro dizer que o MDB é muito maior do que meia dúzia de seus políticos ou de seus ‘caciques’. É o maior partido do Brasil, partido que vem da base, da redemocratização (…) É um partido ético que tem uma meia dúzia que esteve envolvida no esquema do petrolão do PT e que não estão conosco. Aliás, Renata, se você me permitir, tentaram puxar o meu tapete até pouco tempo atrás…” 

Falta de apoio no MDB

Aproveitando o gancho da candidata, na primeira pergunta de William Bonner, Tebet é questionada sobre a falta de apoio de algumas lideranças do MDB, que declararam apoio a outro candidato da corrida eleitoral. Segundo a candidata, tentaram “puxar o seu tapete” dentro de seu partido.

“Nós estamos diante de uma polarização política e ideológica que está levando o Brasil para o abismo. Esta é a grande realidade. A polarização faz com que os partidos ou alguns companheiros sejam cooptados. Em compensação, eu tenho, por exemplo, muitos prefeitos destes estados me apoiando (…) Eu só preciso de um caixote e de um microfone. Agora é comigo.” 

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Desigualdade entre homens e mulheres

A jornalista Renata Vasconcellos pergunta sobre a desigualdade presente entre homens e mulheres na política. Renata destaca que no partido da candidata, no MDB, o desequilíbrio entre homens e mulheres é grande, chegando ao número de 66% de candidatos homens.

“Não é só meu partido. São todos os partidos… Eles só cumprem a cota. Eu fui a primeira mulher presidente da Comissão de Combate à Violência contra a Mulher no Senado, e entre outras coisas, tem essa violência política (…) Vou falar uma coisa do meu coração: eu fui relatora e virou lei, está na Constituição agora, que os partidos que elegerem negros e elegerem mulheres vão contar em dobro pro Fundo [Fundo Eleitoral]. Não vai aumentar o Fundo, mas haverá um benefício para os partidos que elegerem mulheres e negros.”

A cidade mais banguela do Brasil

Falando sobre o ‘orçamento secreto’, Tebet disse ao JN que poderia contar uma história que viraria meme. Ao questionar o destino da verba do ‘orçamento secreto’, a candidata fala sobre um suposto caso de superfaturamento em um município.

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“Dou um exemplo que parece uma anedota, mas que fique registrado, pode até virar meme depois disso. Uma cidade para poder receber muito dinheiro do ‘orçamento secreto’ disse que extraiu 14 dentes de cada habitante de seu município. É a cidade mais banguela do planeta! 14 dentes do bebê ao idoso.”

Educação

A candidata é também professora e atuou na área por 12 anos e, quando perguntada por Bonner sobre a má avaliação do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) durante seu mandato como vice-governadora do MS, Tebet respondeu:

“Eu era vice-governadora, não era governado e não tinha a caneta na mão, mas posso garantir que deixamos o governo garantindo os melhores salários e valorização dos professores do Brasil. E graças a isso o IDEB deu um salto para, salvo engano, primeiro, segundo ou terceiro lugar do país (…) Fui uma das primeiras prefeitas do Brasil a pagar a hora-atividade para o professor, fui uma das primeiras do Brasil a pagar o piso salarial para professor.”

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