
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrou nesta segunda-feira (30) com o chanceler alemão Olaf Scholz, onde discutiu a possibilidade da criação de um grupo de articulação pela paz na Ucrânia. Os representantes dos dois países declararam estar do mesmo lado diante da guerra.
“O que é preciso é constituir um grupo com força suficiente que seja respeitado em uma mesa de negociação e que converse com os dois”, sugeriu o presidente.
Lula declarou que até agora ouviu muito pouco sobre paz e que não sabe “onde essa guerra vai parar se continuarmos na inanição que estamos vivendo”. Ele disse estar disposto a envolver a China, Índia e Indonésia no grupo de paz e falar com os presidentes da Rússia e Ucrânia caso for necessário.
Quando questionado sobre a possibilidade do envio de munições e aparatos de guerra brasileiros para a Ucrânia, Lula negou veementemente. Segundo ele, “o Brasil não quer ter qualquer participação, mesmo que indireta”, e ainda disse que neste momento o que precisamos é encontrar um mecanismo de paz.
Lula reiterou que a guerra não diz respeito apenas aos dois países diretamente envolvidos, mas também faz do continente europeu vítima. Especialmente no que diz respeito à energia, a Europa era dependente do gás russo. O presidente citou informação do próprio chanceler Scholz de que os alemães voltaram a usar carvão para produzir energia e aquecimento.
O presidente brasileiro também disse que, apesar de condenar a invasão da Ucrânia pela Rússia, ainda acredita que “quando um não quer, dois não brigam”, como definiu. Ele se referia à pergunta de um jornalista sobre uma fala em que declarou que Volodymyr Zelensky era tão culpado quanto Vladimir Putin pelo conflito. Após a fala de Lula, o chanceler disse que ambos os países têm o mesmo posicionamento em relação ao conflito.
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