DANÇA DAS CADEIRAS?

Lula mantém Nísia e Moser; outras pastas de aliados estão na mira do centrão

Ministérios ocupados por aliados de primeira hora, como PSB e PCdoB, podem ter mudanças em seus comandos em nome do pragmatismo político

Lula mantém Nísia e Moser; outras pastas de aliados estão na mira do centrão
O presidente Lula e a ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos; a pasta está na mira do centrão (Crédito Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem dito a interlocutores que Nísia Andrade e Ana Moser “não saem” de seu ministério. As duas chefiam as pastas da Saúde e do Esporte, respectivamente, e são ministras sem influência partidária.

Publicidade

Porém, pressionado por mais cargos no primeiro escalão, o governo Lula não descarta fazer trocas de partidos aliados, como PCdoB e PSB, na Esplanada dos Ministérios para acomodar o centrão.

Sem maioria, o governo tem avaliado que sai em desvantagem sempre que tem de recorrer às emendas para aprovar projetos importantes no Parlamento. Para resolver, já tem aberto a torneira no segundo escalão e não nega realocar indicações ministeriais.

Entre as “vagas” debatidas, Lula tem negado pessoalmente fazer trocas na pasta dos Esportes e da Saúde. Resta, então, para partidos que compuseram a chapa original da campanha petista, como PCdoB e PSB, as atenções de União Brasil, PP e Republicanos. PCdoB e PSB, juntos, somam 22 deputados na Câmara (menos de 5% do total da Casa) e quatro no Senado (dentro do universo de 81 senadores).

O discurso comum de partidários desta ideia do governo é o pragmatismo político: na situação atual, estes partidos não entregam o número de votos necessários no Congresso. Além disso, também está sendo realizada uma distribuição em estatais e fundações do governo.

Publicidade

Nos bastidores do Planalto, tem se fortalecido o discurso de que é preciso agregar mais partidos políticos para que o governo tenha uma sustentação parlamentar mais segura.

Um dos nomes veiculados é a da ministra Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), única representante do PCdoB no governo. O partido, que fez federação com o PT, tem apenas sete deputados e nenhum senador. O ministro Márcio França (PSB), de Portos e Aeroportos, também entrou para a mira. A pasta é responsável por obras de infraestrutura e carrega centenas de indicações em unidades federais por todo o país.

Publicidade

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.