O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou sobre a condenação de Cristina Kirchner, vice-presidente da Argentina, por corrupção.
Por meio de sua conta no Twitter, Lula fez uma publicação de solidarizando com a situação da política argentina. “[…]Vi sua manifestação de que é vítima de lawfare e sabemos bem aqui no Brasil o quanto essa prática pode causar danos à democracia” declarou.
Lawfare é a junção das palavras “law” (em inglês, lei) e “warfare” (guerra). Se trata de um termo utilizado no meio jurídico para se referir à manipulação de leis e procedimentos legais utilizados como forma de combater e intimidar um adversário.
Lula ainda continuou a declaração sobre a condenação de Kirchner dizendo que torce por “uma justiça imparcial e independente para todos e pelo povo da Argentina“.
Minha solidariedade à vice-presidente da Argentina, @CFKArgentina. Vi sua manifestação de que é vítima de lawfare e sabemos bem aqui no Brasil o quanto essa prática pode causar danos à democracia. Torço por uma justiça imparcial e independente para todos e pelo povo da Argentina.
— Lula (@LulaOficial) December 7, 2022
Em nota, o Partido dos Trabalhadores (PT) também se manifestou a favor de Cristina Kirchner. “A acusação não se sustenta, foi inclusive julgada improcedente por um juiz anterior, mas o caso foi reaberto e julgado por uma nova corte, com os grandes meios de comunicação alimentando a opinião pública em favor da condenação“, declarou.
O partido chegou a citar “caráter claro de perseguição política” na decisão do Supremo Tribunal Federal argentino. Também compararam a operação que condenou Kirchner com a Operação Lava-Jato. “No Brasil, vivemos recentemente com a questão da Lava Jato, um processo que tinha como único objetivo perseguir nosso presidente recém-eleito, a maior figura popular do país, e tentar eliminá-lo política e socialmente“, dizia a declaração assinada pela presidente do partido, Gleisi Hoffman e pelo Secretário de Relações Internacionais, Romenio Pereira.
A ex-presidente Dilma Roussef se juntou ao partido e ao líder petista e se solidarizou a Kirchner no Twitter. Segundo ela, a decisão da Justiça argentina “é uma auto confissão explícita da perseguição contra ela” e também citou o caso de Lula, preso em 2018.
Manifesto minha total solidariedade à @CFKArgentina, assim como a todos os líderes, militantes e ativistas progressistas perseguidos e condenados injustamente, na história recente em nosso continente. #ForzaCristina
— Dilma Rousseff (@dilmabr) December 7, 2022