embates políticos

O que se sabe sobre a crise na Petrobras e a disputa pelo comando da estatal?

Atual presidente, Jean Paul Prates tem saída próxima; substituto pode ser Mercadante

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, vem sofrendo pressão, principalmente oriunda do Centrão, para deixar o cargo, dando lugar a alguém mais alinhado com o grupo político.
Lula deve reunir ministros neste fim de semana para discussão – Créditos: Fernando Frazão/Agência Brasil

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, vem sofrendo pressão, principalmente oriunda do Centrão, para deixar o cargo, dando lugar a alguém mais alinhado com o grupo político. O chefe, indicado à posição pelo presidente Lula, afirmou a interlocutores que cabe ao mandatário “arbitrar o tiroteio” contra sua vaga, segundo apurado pelo blog da jornalista Andréia Sadi.

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Para Prates, a tentativa se trata de uma “invenção de crises” com o objetivo de tirá-lo do comando da petrolífera. O executivo, anteriormente elogiado por dar um fim à Paridade de Preços Internacionais (PPI), gerando uma estabilidade no preço dos combustíveis no país, agora é alvo de críticas por não realizar o investimento necessário desejado pelo Governo.

Um dos favoritos a eventualmente substituí-lo é o atual presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), Aloizio Mercadante. A saída de Prates do poder é, segundo fontes, “quase irreversível”.

Prates x Silveira

O presidente da Petrobras alega que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, “passou dos limites” em sua operação política nos bastidores para exonera-lo. Prates chegou a acionar a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e o PT para buscar algum apoio no embate.

Pessoas próximas ao executivo afirmam que ele se apresenta “machucado” e “irritado” com a situação, além de “estar próximo ao seu limite”. Como um “alívio cômico”, Prates postou uma imagem em sua conta no X ironizando a situação.

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Dividendos da Petrobras

A crise na estatal começou no meio de março, quando foi anunciado que haveria a retenção dos dividendos extraordinários, avaliados R$ 43,9 bilhões, adiando o pagamento desses recursos para o futuro. Ao mesmo tempo, a empresa anunciou um lucro líquido de R$ 124,6 bilhões, o segundo maior da história.

Com o agravamento da situação, o Governo calculou o pagamento de metade do valor, cerca de R$ 20 bilhões. O Conselho da empresa ainda votará a decisão. A crise chegou a derrubar o valor de mercado da empresa em mais de R$ 50 bilhões.

Lula vai se reunir com ministros

O presidente da República deve marcar encontros com ministros neste fim de semana para discutir a organização da empresa e uma eventual troca de poder. Neste sábado (6), Lula deve realizar uma reunião com representantes de movimentos sociais, como a FUP.

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