Gerou polêmica uma fala do presidente da CPI do MST, o deputado Coronel Zucco (Republicanos-RS) dirigida à deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP). Após um embate, em tom irônico, ele pediu para ela ficar calma e perguntou se ela queria “um calmante ou um hambúrguer para se acalmar”. O fato, que aconteceu na reunião do colegiado, gerou indignação em algumas parlamentares.
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A deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) criticou o presidente da CPI pela fala e disse que ele desrespeitou o regimento da Câmara. “O senhor é presidente de uma CPI, o senhor não tem vergonha de envergonhar o parlamento brasileiro e atacar mulheres eleitas?”.
Por meio de nota, Sâmia Bomfim disse que essa postura do deputado Tenente-Coronel Zucco é constante e que a fala desmoraliza a comissão. “Em vez de criminalizar o movimento como eles pretendiam, só tem acumulado episódios de abuso de autoridade e violência política de gênero. Por esse crime, aliás, ambos já respondem a inquérito na PGR e esse fato novo será somado aos autos”.
A fala foi proferida quando o líder da Frente Nacional de Lutas (FNL), José Rainha, que presta depoimento na manhã desta quinta-feira, reconheceu que “tem relações políticas e fraternas” com Sâmia Bonfim. A deputada tentou fazer uso da palavra, mas o microfone estava desligado e isso motivou o pedido de ‘calma’ do presidente da CPI. As deputadas o acusaram de machismo e ‘gordofobia’ e fizeram falas em repúdio. Talíria Petrone e Fernanda Melchiona disseram que “não vão se intimidar“.
“O senhor cale a sua boca porque estou no meio tempo, não me interrompa”, disse Talíria a um membro da Mesa que reclamava do teor de sua fala ao defender Sâmia.