SAIBA MAIS

Quem é Tércio Arnaud, ex-assessor de Bolsonaro e alvo de operação da PF?

Além dele, ex-ministros e outras pessoas são investigados em decorrência da tentativa de golpe de Estado no país

Tércio Arnaud é natural de Campina Grande, Paraíba. Carlos Bolsonaro o descobriu entre 2013 e 2014, através da página "Bolsonaro Opressor"
Quem é Tércio Arnaud, ex-assessor de Bolsonaro – Crédito: Reprodução / Redes Sociais

Nesta quinta-feira (8), a Polícia Federal realizou uma operação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ex-ministros e ex-assessores, todos sob investigação por tentativa de golpe de Estado e anulação das eleições de 2022, ganhas por Luiz Inácio Lula da Silva. Um dos alvos da operação foi Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor de Bolsonaro e figura chave no “gabinete do ódio”. O G1 forneceu detalhes sobre Tércio e sua relação política com Bolsonaro.

Publicidade

Tércio Arnaud é natural de Campina Grande, Paraíba. Carlos Bolsonaro o descobriu entre 2013 e 2014, quando a página “Bolsonaro Opressor” no Facebook ganhou destaque. Utilizando memes, ele atacava os oponentes do então deputado federal e elogiava Bolsonaro.

Apesar de formado em Biomedicina, Tércio começou como recepcionista em um hotel. Com a eleição de Bolsonaro, nomearam-no assessor especial da Presidência, recebendo um salário de quase R$ 14 mil, apesar de não possuir experiência política prévia.

Carreira Política

Tércio Arnaud foi assessor especial de Jair Bolsonaro nos primeiros anos de governo. Diante disso, gerenciou suas redes sociais durante as eleições de 2018. Anteriormente, trabalhou como auxiliar de gabinete do vereador Carlos Bolsonaro, no Rio de Janeiro.

Ele deixou o cargo de assessor para concorrer como suplente de senador pela Paraíba em 2022, mas foi renomeado após a derrota eleitoral. Nas eleições de 2022, o candidato em que Tércio era suplente, Bruno Roberto, obteve um resultado modesto. Ele atingiu 231.968 votos, o que corresponde a 11,58% dos votos válidos. Efraim Filho (UB), que foi vencedor, obteve 617.477 votos (30,82%).

Publicidade

Alvo de investigação

Posteriormente, em setembro de 2020, investigaram Tércio Arnaud por sua ligação com contas falsas no Facebook que disseminavam notícias falsas em apoio a Bolsonaro. Ele foi identificado como integrante do “gabinete do ódio” que, de acordo com as investigações, funcionava sob as ordens do Palácio do Planalto. Técio é responsável também por compartilhar ataques contra adversários do ex-presidente.

O Laboratório Forense Digital (DFRLab) teve acesso a essas informações utilizando somente mensagens e posts que foram divulgados nessas páginas removidas.

Além disso, durante a CPI da Covid-19 no Senado em 2021, investigaram o ex-assessor por suspeita de espalhar fake news sobre vacinação em massa e segurança das vacinas.

Publicidade

Na investigação mais recente, a Polícia Federal o aponta como parte de um grupo que tentou dar um golpe de Estado para invalidar as eleições de 2022, visando uma intervenção militar por meio de uma milícia digital. Tércio Arnaud Tomaz teve seu celular apreendido durante a operação. Por fim, a PF ainda indica que o grupo investigado “se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital”.

* Matéria publicada com supervisão de Ricardo Parra.

Publicidade

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.