Durante um discurso feito nesta terça-feira (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou a necessidade de bilionários que investem em projetos espaciais, como foguetes, contribuírem significativamente para a preservação do planeta Terra. Embora não tenha citado o nome diretamente, suas palavras foram amplamente interpretadas como uma alusão ao empresário Elon Musk, conhecido por suas empresas como X, Starlink e SpaceX.
O presidente fez tal comentário durante o lançamento de uma parceria com municípios na região da Amazônia, com o objetivo de reduzir o desmatamento. No evento, foi anunciado um investimento de R$ 730 milhões para os municípios da região, enquanto Lula reiterou o compromisso de atingir “desmatamento zero” na floresta até o ano de 2030.
“Hoje nós temos gente que não acredita que o desmatamento e as queimadas prejudicam o planeta Terra. E muita gente não leva a sério o que significa a manutenção das florestas para manutenção da qualidade de vida nesta casa enorme que é o nosso planeta e que a gente não tem para onde fugir”.
Elon Musk, por meio de sua empresa SpaceX, tem concentrado esforços em lançamentos de veículos espaciais, inclusive tripulados. Além disso, o empresário também tem investimentos no Brasil por meio da Starlink, uma divisão da SpaceX que busca fornecer acesso à internet via satélite em áreas remotas, como a Amazônia.
A fala do presidente Lula ressalta o papel dos grandes investidores no equilíbrio entre avanço tecnológico e preservação ambiental, especialmente em regiões sensíveis como a Amazônia.
“Tem até bilionário tentando fazer foguete, tentando fazer viagem para ver se encontra algum espaço lá fora, não tem. Ele vai ter que aprender a viver aqui, ele vai ter que usar o muito do dinheiro que ele tem para ajudar a preservar isso aqui, a melhorar a vida das pessoas”, pontuou o presidente.
A briga entre Brasil e Elon Musk
O bilionário sul-africano Elon Musk tem estado no centro de um intenso embate com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, nos últimos dias. Musk ameaçou descumprir decisões judiciais brasileiras e atacou publicamente Moraes. No sábado (6), ele ameaçou reativar os perfis de usuários bloqueados pela Justiça, acusando o ministro de censura e ameaças contra funcionários da rede social no Brasil.
Em resposta, no domingo (7), Moraes determinou a investigação da conduta de Musk e ordenou que o antigo Twitter não desobedeça às decisões judiciais, estipulando multa de R$ 100 mil para cada perfil bloqueado que for reativado. O ministro alegou indícios de obstrução de Justiça e incitação ao crime nas ações de Musk, além de entender que o bilionário utilizou as redes sociais para disseminar desinformação e desestabilizar as instituições do Estado Democrático de Direito.
*sob supervisão de Tomaz Belluomini