São Paulo pode ter os famosos “carros voadores” transportando seus habitantes a partir de 2026. Esta é a promessa da empresa Voar Aviation, que comprou 70 veículos elétricos da fabricante de aeronaves Eve, controlada pela Embraer.
“Carro voador” é, na verdade, uma espécie de helicóptero com mais conforto e que tem atraído várias empresas em diferentes países. O veículo elétrico de pouso e decolagem vertical (eVTOL, na sigla em inglês) é uma aeronave que faz menos barulho e usa mais hélices para voar, o que pode contribuir com um futuro sem emissões de carbono em todo o setor de aviação. A capital paulista detém a maior frota de veículos e de helicópteros do país.
A CEO da Voar Aviation, Alessandra Abrão, em nota divulgada ao g1 neste sábado (1) esclareceu pontos sobre o novo meio de transporte. “As principais áreas metropolitanas e destinos turísticos serão estruturados pela Voar levando em consideração as necessidades específicas dos eVTOLs incluindo espaço para pousos e decolagens, além da infraestrutura de recarga elétrica das aeronaves”, afirmou.
A empresa anunciou a compra do eVTOL durante o evento “Paris Air Show”, realizado entre os dias 19 e 25 de junho na capital francesa. Dos 70 veículos adquiridos, 15 serão destinados para São Paulo.
Entre as primeiras cidades que receberão a estrutura de operação estão: São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Natal, Recife, Goiânia, Ribeirão Preto, Florianópolis e Balneário Camboriú.
A operação comercial depende de regulamentação. A fabricante Eve já atua junto aos órgãos regulatórios como a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para obeter a certificação da aeronave.
Testes com os carros voadores
A expectativa é que os voos sejam liberados a partir de 2026, mas com o primeiro voo de teste em escala real até o início de 2024.
Em maio deste ano, a fabricante de aeronaves Eve comunicou que finalizou com sucesso os testes com “carros voadores” em túnel de vento. Este túnel é instalação que têm como objetivo principal simular o movimento e efeito do ar e dos ventos para a realização de estudos.
A Eve espera que, depois da certificação, a operação comercial do serviço seja feita por parceiros. As viagens de cerca de 15 minutos deverão custar entre US$ 50 e US$ 100 (R$ 243 a R$ 486, na cotação 30 de junho). A empresa pretende, porém, reduzir estes valores.
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