CARNE BOVINA

Brasil vai solicitar à China revisão de protocolo sanitário em caso de “vaca louca”

A Organização Mundial de Saúde Animal ainda considera o país como de “risco insignificante” para a doença.

Brasil vai solicitar à China revisão de protocolo sanitário em caso de “vaca louca”
O Brasil apresentou à China o resultado da investigação do caso do “mal da vaca louca” feita pela OMSA que determinou como sendo um caso atípico (Crédito: Canva Fotos)

O governo do Brasil espera a liberação da exportação de carne bovina para a China, suspensa por um caso atípico de “mal da vaca louca” no Pará, já para os próximos dias. O governo brasileiro também planeja uma revisão do protocolo sanitário acordado com o país asiático que determina a suspensão automática do embarque da proteína de todo o Brasil quando um caso da doença é detectado, mesmo antes que seja definida sua natureza.

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O governo brasileiro apresentou às autoridades chinesas, nesta terça-feira (07), em uma videoconferência, o resultado da investigação do registro da doença feito no Pará pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e que determinou que era um caso atípico, quando o animal desenvolve a doença por velhice e não pela versão transmissível, sem risco ao rebanho ou a seres humanos.

O assessor especial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Ernesto Augustin, afirmou à Reuters que “os chineses podem ter alguns questionamentos, mas a expectativa é que eles dêem a resposta sobre fim do embargo amanhã (hoje) ou depois”, disse à Reuters.

A pasta, em um futuro próximo, pedirá uma renegoiação do protocolo assinado em 2015 para que seja uma versão mais restrita, não impedindo a exportação de carne de todo o país quando ocorrer um registro da encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida como “mal da vaca louca”.

“Vamos conversar mais para frente e tentar mudar o protocolo. Não tem necessidade ser tão extenso”, afirmou o assessor do Mapa.

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Uma alternativa seria colocar sob embargo a exportação da carne vinda do estado ou da região onde foi registrado o caso da doença, explicou o assessor do Mapa.

O documento assinado em 2015 foi considerado necessário à época para abrir mercados à carne brasileira. Um caso atípico de vaca louca registrado em Mato Grosso, em 2012, havia levado à suspensão da importação de carne brasileira por vários países.

No entanto, assim como em 2012, todos os registros da doença feitos no Brasil, um em 2019 e outro em 2021, foram atípicos. O país nunca registrou casos clássicos de vaca louca, que podem se proliferar e gerar prejuízos ao rebanho.

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De acordo com os padrões da OMSA, o Brasil ainda é considerado um país de risco insignificante para a doença, o que justificaria um protocolo menos rígido.

 

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