O economista Adriano Pires enviou nesta segunda-feira (4) ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, uma carta em que oficializa a desistência em assumir o comando da Petrobras.
Na carta, Pires agradece a indicação e reafirma o “compromisso de continuar nessa luta” pelo desenvolvimento do mercado de óleo e gás. O economista também disse que não poderia conciliar o cargo com as atividades de consultoria que já desempenha para empresas do setor.
O nome de Pires foi indicado pelo governo na semana passada, no lugar do general da reserva Joaquim Silva e Luna, atual presidente da estatal. A troca foi anunciada em meio à insatisfação do presidente Jair Bolsonaro (PL) com o preço dos combustíveis.
Entretanto, Adriano Pires ainda não tinha assumido o posto. O seu nome precisava ser aprovado pela assembleia geral de acionistas, marcada para o dia 13 de abril.
Antes mesmo da eleição, o economista desistiu do cargo. Nos últimos dias, reportagens já vinham apontando possível conflito de interesses, já que Pires presta consultoria há mais de 20 anos para empresas privadas do setor de energia.
O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pediu, na semana passada, uma investigação sobre o possível conflito de interesse antes da nomeação de Pires à presidência da Petrobras.
???????? URGENTE: Adriano Pires, indicado de Bolsonaro à presidência da Petrobras, desiste de ocupar comando da estatal.
— Eixo Político (@eixopolitico) April 4, 2022
De acordo com @malugaspar, os motivos que levaram à recusa de Pires foram os mesmos de Rodolfo Landim: conflitos de interesse.https://t.co/s9hE00ykJw