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Cela de de 6 m² e sem banho de sol: o regime de Zinho em Bangu 1

Após cerca de uma semana de negociação com a PF, Zinho entregou-se na véspera de Natal

Após entregar-se à polícia no último dia 24, o miliciano Zinho, o mais procurado do Rio de Janeiro, foi transferido para a prisão de segurança máxima Bangu 1. No complexo, destinados a milicianos e chefes do tráfico de drogas, Zinho fica 24 horas por dia em sua cela de 6 m², sem contato com outros presos e fazendo suas refeições na própria cela.
O criminoso era o mais procurado do estado do Rio de Janeiro – Créditos: Reprodução

Após entregar-se à polícia no último dia 24, o miliciano Zinho, o mais procurado do Rio de Janeiro, foi transferido para a prisão de segurança máxima Bangu 1. No complexo, destinados a milicianos e chefes do tráfico de drogas, Zinho fica 24 horas por dia em sua cela de 6 m², sem contato com outros presos e fazendo suas refeições na própria cela. A sala possui uma cama de alvenaria integrada à parede, com um colchão, e uma pequena cômoda.

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O miliciano e sua defesa negociaram sua rendição por uma semana com a PF, após a Operação Batismo cumprir mandados de busca e apreensão na casa e gabinete da deputada estadual Lúcia Helena Pinto de Barros, a Lucinha, do PSD, considerada a “madrinha” do grupo e a articuladora política da milícia de Zinho. Fontes da PF afirmam que o criminosos se assustou com a operação e tentou negociar sua prisão para manter os negócios e conter os danos.

Histórico

Zinho fazia parte da milícia que controlava a zona oeste do Rio de Janeiro. Até 2021, ele era o homem de confiança de seu irmão e líder do grupo, Ecko, e cuidava da contabilidade e lavagem do dinheiro obtido nas empreitadas do grupo. Após a morte de Ecko, em uma operação da polícia, Zinho virou o cabeça da milícia.

O criminoso já havia sido alvo de uma missão da polícia em 2018, que tentou prendê-lo no Espírito Santo. Zinho, porém, escapou pela mata e os agentes só conseguiram recuperar seu celular.

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Novos alvos

Com a prisão de Zinho, dois grandes criminosos ainda estão na mira da polícia do Rio.  Danilo Dias Lima, o Tandera, e Wilton Carlos Rabelo Quintanilha, o Abelha. Os três foram responsabilizados pelos incêndios em massa a ônibus da cidade, em outubro de 2023. À época, o governador Cláudio Castro declarou que não descansaria enquanto os três não estivessem atrás das grades.

Tandera, aliás, é ex-integrante do grupo de Zinho. Após desentendimentos, ele resolveu desvencilhar-se do grupo e começar a disputar os territórios com seus antigos aliados.

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