
Mesmo com as seguidas altas dos preços dos combustíveis, as distribuidoras brasileiras somaram 5,6 bilhões de litros em outubro em vendas de óleo diesel, aumento de 1% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando foram comercializados 5,54 bilhões de litros, segundo informou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na noite de terça-feira.
A comercialização do óleo diesel de outubro ficou acima dos 5,54 bilhões de litros negociados em setembro e chegou perto da máxima mensal, registrada há sete anos, de 5,727 bilhões de litros. No acumulado de janeiro a outubro último, a venda dos combustíveis subiu 8,7%.
Em contraponto, a gasolina atingiu 3,58 bilhões de litros. A maior procura pelo combustível também está relacionada a uma possível queda no fornecimento de etanol devido a uma grande perda de safra da cana no centro-sul brasileiro.
Diante desse quadro, as vendas de gasolina registraram aumento de 10% no ano, até outubro. Já a comercialização de etanol pelas distribuidoras recuou 7,6% no ano, caindo mais de 30% em outubro, para 1,28 bilhão de litros.
Em outubro, as vendas somadas de todos os combustíveis chegaram a 12,38 bilhões de litros, ante 12,45 bilhões de litros no mesmo mês de 2020. No acumulado do ano, houve alta de 7,2%.
PREÇO
Levantamento mostra que preço do diesel fechou novembro pesando mais no bolso dos brasileiros. Com o valor médio do litro a R$ 5,617 para o diesel comum e R$ 5,681 para o S-10, houve um aumento de 26,3%d quando comparado a abril, quando o combustível registrou a última baixa
Quando comparado a outubro último, o diesel comum era comercializado a R$ 5,214 e o S10 a R$ 5,306, houve alta de 7,4%. Em relação a novembro de 2020, período em que o diesel comum e o diesel S-10 custavam em média R$ 3,770, houve aumento de 50% no preço praticado hoje.
O preço da gasolina, do diesel, do gás de cozinha e até do querosene de aviação repercute em toda a economia. Em 12 meses, a gasolina já acumula 48% de alta. O aumento dos preços dos combustíveis é responsável por pelo menos 50% da inflação (FGV), que deve superar os 10% em 2021.
— Senador Jean (@senadorjean) November 30, 2021