CONFERÊNCIA NA SEDE DA UNESCO

Felipe Neto chama Bolsonaro de “genocida” durante evento em Paris

O objetivo era discutir a regulamentação das plataformas digitais, o aumento da confiabilidade da informação e a ampliação da liberdade de expressão.

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Felipe Neto (Crédito: Reprodução/ Instagram)

O influenciador brasileiro Felipe Neto, 35, foi um dos participantes da conferência global na sede da Unesco, em Paris. O objetivo do evento era discutir a regulamentação das plataformas digitais, o aumento da confiabilidade da informação e a ampliação da liberdade de expressão.

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No começo de seu discurso, Neto interagiu com a jornalista filipina Maria Ressa, vencedora do Prêmio Nobel da Paz por sua luta por uma imprensa livre. Nessa oportunidade, o influenciador relatou o que chamou de “batalha” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Em 2021, eu tive a polícia vindo até a minha porta. Eu estava sendo perseguido pelo presidente. Eles tentaram me prender porque eu o chamei de genocida. O que ele é. Foi uma batalha muito difícil de enfrentar, principalmente sem ter nenhuma informação de como agir nessa situação“, disse.

Felipe também citou a fake news espalhada por bolsonarista que o associava à pedofilia. “Impossível colocar em palavras o que foi ter pessoas indo até minha casa com carros de som me chamando de pedófilo. […] Eles usaram essa tática de guerra e todo o poder que tinham para me desacreditar e tentar me silenciar“, completou.

O influenciador explicou como ter uma grande quantidade de seguidores e o apoio de seus fãs o ajudou na situação, e como essa experiência serviu para a criação de seus dois projetos, o Instituto Vero e o Cala a Boca Já Morreu.

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Eu tinha meus seguidores para lutar contra isso, mas a maioria das pessoas não tem. Por isso, criei o Instituto Vero e o Instituto Cala a Bola Já Morreu para defender as pessoas que não estão em uma posição de poder para se defenderem“, apontou.

O primeiro, de 2021, reúne pesquisadores e comunicadores digitais na defesa da democracia e contra a desinformação, produz pesquisas, campanhas e projetos. Já o segundo, recebe denúncias de pessoas que se sentem censuradas ou ameaçadas por algum posicionamento público. O grupo pode ajudar na defesa jurídica e em possível contato com o Ministério Público.

Iniciativa do governo federal

Ontem (22), Felipe Neto foi confirmado como membro de um grupo de combate ao discurso de ódio e contra o extremismo, vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Os colaboradores, que serão presididos pela ex-deputada Manuela D’Avila, vão elaborar propostas de políticas públicas sobre o tema e apresentarão as ideias ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O trabalho não será remunerado.

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A Advocacia-Geral da União, Secretaria de Comunicação Social da Presidência e os ministérios da Educação, da Igualdade Racial, da Justiça e Segurança Pública, das Mulheres e dos Povos Indígenas foram convidados a indicar representantes para participar do GT.

 

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