NATAÇÃO

Da escuridão a luz olímpica, Adam Peaty se classifica para Paris 2024

Tricampeão, nadador britânico enfrentou momentos sombrios de alcoolismo e depressão durante os três anos afastado das piscinas

Tricampeão, Adam Peaty enfrentou momentos sombrios de alcoolismo e depressão durante os três anos afastado das piscinas.
Adam Peaty – Créditos: USA today

Após enfrentar os obstáculos impostos pelo alcoolismo e pela depressão, decorrentes da dolorosa separação da mãe de seu filho, Adam Peaty, renomado tricampeão olímpico de natação britânico, alcançou um feito extraordinário: sua classificação para os Jogos Olímpicos de Paris deste ano. Esta conquista épica foi selada na última terça-feira, quando Peaty atingiu o índice olímpico de 57s94 nas seletivas, assegurando assim sua participação nas Olimpíadas.

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Em uma entrevista ao jornal “Daily Mail” da Inglaterra, Peaty desvendou os momentos sombrios que marcam os três anos em que esteve distante das piscinas. “Foram três anos de inferno. Eu não queria ver uma piscina novamente. O esporte me quebrou. Eu não sabia que caminho seguir e muitas coisas atrapalharam”, desabafou o nadador.

“Tudo começou após os jogos da Comunidade Britânica em 2018, quando aconteceu uma entressafra de competições. E, quando isso acontece, a oferta de festas e badalação é muito grande. Eu saí completamente dos trilhos, abusei do álcool, e isso acabou sendo um caminho direto para a depressão. Eu não tinha aquela motivação avassaladora para fazer nada”, completou Adam Peaty.

Apesar de sua trajetória esplendorosa, adornada com três medalhas de ouro e duas de prata olímpicas, além de registros mundiais inigualáveis nos 50m e nos 100m nado peito, Peaty enfrentou provações pessoais que quase o levaram a abandonar sua paixão pelo esporte aquático. Uma fratura no pé em 2022 e a dolorosa separação da mãe de seu filho George desencadearam uma crise mental que parecia intransponível.

Contudo, Peaty encontrou forças para reerguer-se e trilhar novamente seu caminho rumo à excelência, recorrendo à espiritualidade e buscando um propósito mais profundo em sua existência. “Vou à igreja todos os domingos. Isso vai muito além de simplesmente me tornar um atleta melhor e honrar meu talento. Trata-se de ser um ser humano melhor, de ser um pai exemplar para George”, compartilhou o nadador, revelando sua jornada de redenção.

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*Matéria originalmente publicada por Sportbuzz

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