TCHAU, GENEBRA

Colômbia retira assinatura de documento conservador que também é assinado pelo Brasil

Ao anunciar a medida, o governo do país disse que o documento vai contra o que sua constituição entende sobre direitos das mulheres.

EUA retiraram sua assinatura do tratado sob governo de Joe Biden (Créditos: Guillermo Legaria/Getty Images)

O governo da Colômbia, agora liderado pelo ex-guerrilheiro de esquerda Gustavo Petro, anunciou na segunda-feira (22) que o país deixou a Declaração do Consenso de Genebra, documento de caráter conservador de países criado por Donald Trump durante seu exercício da presidência dos EUA.

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O documento conservador abandonado pela Colômbia é pró-vida/anti-aborto, se opõe à globalização e zela pela ‘família tradicional’. Foi em cima da questão anti-aborto e da ‘família tradicional’ que o governo colombiano se desapontou.

Na publicação no Twitter em que a Chancelaria Colombiana anunciou a decisão foi escrito: “Colômbia seguirá comprometida com a promoção da saúde da mulher e a satisfação das necessidades da saúde da mulher.”

“De acordo com a Constituição e jurisprudência da Corte, o direito ao aborto legal e seguro é parte integral dos direitos sexuais e reprodutivos e da saúde sexual e reprodutiva da mulher”, continuou a chancelaria.

Sobre a questão família, a chancelaria escreveu: “o governo de Colômbia respeita e tem em conta que em diferentes sistemas culturais, sociais e políticos existem diversas formas de família.”

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A Declaração de Consenso de Genebra nasceu em 2020, encabeçada pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump. Jair Bolsonaro (PL) aderiu ao documento junto com outros 30 países de tradição conservadora. Os próprios Estados Unidos retiraram sua assinatura durante o mandato de Joe Biden.

 

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