Canibal americano

Conheça quem é Jeffrey Dahmer, psicopata tema de nova série da Netflix

História de crimes do psicopata canibal americano virou série pelo modo grotesco que executava seus crimes.

Estupros, assédio, canibalismo, tortura, etc. Crimes do assassino serão detalhados na série (Créditos: Divulgação/Netflix)

Após aterrorizar os EUA entre 1978 e 1991, Jeffrey Dahmer retornará ao imaginário popular com a nova série de drama policial da Netflix, “Dahmer: Um canibal americano”, que estreia nesta quarta-feira (21).

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A vida de Dahmer, seus hábitos e a natureza horrenda de seus crimes são as causas do fascínio popular que ronda em cima do assassino. Ele teve seu fim após ser morto na prisão por outro preso, apenas três anos depois de ser encarcerado.

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Conheça mais sobre os detalhes da vida e dos crimes desse personagem grotesco da história dos Estados Unidos.

Obsessão pela morte ainda na infância

Amigos e conhecidos da família Dahmer diziam que não parecia ter nada de anormal com eles, exceto por uma professora de Jeffrey, que relatou suspeitas de que o aluno parecia ser negligenciado em casa.

Porém, ainda enquanto era apenas um garoto, o psicopata já havia desenvolvido um interesse estranho em dissecar cadáveres e animais que ele encontrava atropelados na estrada. Aos 4 anos, Dahmer colecionava ossos de animais, alguns dos quais ele mesmo matava. Tentando se aproximar do filho, Lionel Dahmer, que trabalhava como químico, ensinou o filho à limpar e preservar os artigos de sua coleção.

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Contrabando no ensino médio

Durante seu ensino médio, Dahmer fez alguns amigos que o consideravam muito divertido, mas era tido como esquisito e intrusivo por outros colegas. No entanto, o que mais preocupava seus colegas era o seu vício com o álcool.

Jeffrey começou a beber com 14 anos, o que rapidamente evoluiu para o alcoolismo que o acompanhou até o fim da vida, e era conhecido em sua escola por contrabandear qualquer tipo de bebida alcoólica para dentro do colégio.

Tempo no exército, primeiros estupros e assassinato

Quando tinha 18 anos, os pais de Jeffrey se divorciaram e ele acabou por ir morar sozinho. Nesse período ele realizou o primeiro de uma série de assassinatos que o tornariam mundialmente famoso por sua crueldade.

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Dahmer emboscou Steven Hicks, um mochileiro de apenas 18 anos, o atraindo para sua casa para beber. Segundo relatos do próprio assassino, ele queria fazer sexo com o garoto, mas a situação desandou completamente quando Hicks começou a falar de garotas. Jeffrey usou um haltere para espancar e estrangular o mochileiro. O corpo do jovem foi abusado sexualmente, dissecado para que os ossos fossem retirados e depois enterrado no jardim do assassino, onde permaneceria por mais 10 anos.

Aos 19 anos, Jeffrey Dahmer se alistou no exército e foi enviado para a Alemanha Ocidental, onde serviu como médico de campo. Lá ele foi acusado de estuprar dois solados. Um deles relatou ter sido dopado e então abusado pelo psicopata, enquanto o outro afirmo ter sido violentado enquanto ele e Dahmer dividiam um quarto no quartel.

Experimentos e canibalismo

Ao longo de suas 17 vítimas que fez em sua carreira de assassino, Dahmer demonstrou um tratamento excepcionalmente horrendo em relação aos corpos de suas presas.

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Os costumes do assassino envolviam dissecar os cadáveres depois de cometer os homicídios, procedimento que ele realizava para arrancar ossos para sua coleção e também coletar carne para consumo. Dahmer chegou a fazer esses crimes enquanto morava com sua avó, até que ela o pediu para se mudar, pois se incomodava com o neto sempre trazendo homens tarde da noite para dentro de casa e com o cheiro forte que ele deixava na casa.

Segundo vizinhos de Dahmer da época em que ele morou sozinho, seu apartamento fedia muito. A causa do cheiro foi identificada pela polícia como causada pela carne humana que ele guardava na geladeira, incluindo um coração inteiro.

Os corpos de algumas vítimas ainda foram encontrados com furos na cabeça, por onde Dahmer admitiu ter injetado ácidos nos cérebros dos homens ainda vivos para tentar “zumbifica-los” e prolongar seus abusos sexuais. O Dr. Frederick Fosdal, responsável por examinar Jeffrey e suas vítimas no julgamento, afirmou que o psicopata não apresentava qualquer sinal de insanidade, mas sim um comportamento extremamente meticuloso.

Prisão e morte

Em 1991, Tracy Edwards foi encontrado bêbado e algemado nas ruas de Milwaukee, no estado de Wisconsin. Edwards estava prestes a se tornar mais uma vítima de Dahmer, quando descobriu o que iria acontecer e conseguiu escapar. Ao ser abordado por dois policiais, ele contou o caso aos agentes e os levou até o apartamento de Jeffrey.

Verificando o ambiente, um dos policiais encontrou uma coleção de fotografias de diversos homens nus no quarto de Dahmer e uma faca, o que o motivou a continuar investigando. Ao abrir a geladeira, a dupla se deparou com um crânio da coleção pessoal do assassino e o levou preso em flagrante.

Jeffrey Dahmer foi encaminhado para um presídio no mesmo ano, enquanto aguardava a execução de sua condenação, que foi de 16 penas de morte. Porém, quando já fazia 3 anos desde que fora preso, um dos detentos, Christopher Scarver, começou a discutir com Dahmer sobre sua preferência por homens negros dentre suas vítimas. A discussão escalou para Scarver espancando Dahmer até a morte com um haltere.

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