O ministro da economia da Argentina, Luis Caputo, declarou, nesta terça-feira (12), que, com as medidas a serem tomadas nos primeiros meses do governo do novo presidente Javier Milei, o peso argentino sofrerá forte desvalorização e que haverá um grande corte de subsídios, além de chamar a situação econômica do país de “catastrófica”.
A taxa de câmbio do dólar, segundo o ministro, mais do que dobrará, de 366 pesos para 800 pesos por dólar, cerca de R$ 10,80. Caputo também anunciou o corte de subsídios para os setores de transporte e energia, assim como o fim de licitações para obras públicas.
“Se continuarmos como estamos, estaremos inevitavelmente a caminho da hiperinflação, como disse o presidente, em níveis de 15.000% ao ano”, justificou, e também avisa: “Estaremos pior do que antes durante alguns meses”.
“Temos que resolver o vício do déficit fiscal”, afirmou Caputo, referindo-se à grande dívida do país com o FMI. “Na Argentina gastamos mais do que arrecadamos. Funciona como em casa, se o país tiver que gastar mais do que arrecada, pede ao FMI, aos bancos ou ao Banco Central”.
Como uma medida de saneamento, o ministro anunciou também o corte, e eventual eliminação, dos tributos sobre exportações, assim como a substituição do sistema de aprovação de licenças para importação
🇦🇷 “Vamos ficar alguns meses piores do que antes, principalmente em relação à inflação. Como diz o presidente, é melhor uma verdade que incomoda do que uma mentira confortável”, afirmou o ministro da Fazenda, Luis Caputo, ao anunciar as medidas econômicas. pic.twitter.com/T9s81RQgdy
— Eixo Político (@eixopolitico) December 12, 2023