Oriente Médio

Gabinete de guerra de Israel pretende responder ataque do Irã, mas evitar escalada

O escritório busca uma medida para mostrar que o Irã não terá permissão de “estabelecer a equação”, para mostrar que o país “não permitirá que um ataque desta magnitude ocorra sem uma reação”

O gabinete de guerra de Israel reuniu-se novamente na tarde desta segunda-feira (15), com o intuito de desenhar uma resposta ao ataque iraniano do último sábado.
Autoridades se reuniram pela segunda vez hoje – Créditos: X/Reprodução

O gabinete de guerra de Israel reuniu-se novamente na tarde desta segunda-feira (15), com o intuito de desenhar uma resposta ao ataque iraniano do último sábado. De acordo com informações do Canal 12, da mídia israelense, uma contraofensiva pode ocorrer em breve, até mesmo nesta segunda.

Publicidade

Entretanto, o veículo também afirma que as autoridades planejam um ataque que não possa escalar para uma guerra na região. O gabinete busca uma medida para mostrar que o Irã não terá permissão de “estabelecer a equação”, para mostrar que o país “não permitirá que um ataque desta magnitude ocorra sem uma reação”. Além disso, Israel espera que os Estados Unidos ajudem no contra-ataque.

Na reunião passada, no último domingo (14), o ministro da Defesa Yoav Gallant, de acordo com o portal Axios, explicou aos americanos que Israel “não tinha escolha além de responder”. Gallant também disse ao secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin que “Israel não aceitará um cenário no qual Irã sempre responda um ataque de Israel à Síria com uma ofensiva direta”.

As opções do gabinete

O Canal 12 reportou que os participantes da reunião discutiram algumas opções de retaliação que seriam “dolorosas” para o Irã, ao mesmo tempo em que evite uma escalada.

Alguns dos cenários apresentados à mesa incluíam ciberataques, juntos com “ataques planejados em locais estatais, como infraestruturas iranianas de petróleo”.

Publicidade

Outra opção ponderada foi possíveis ofensivas a estruturas ligadas ao programa nuclear do Irã. Porém, analistas afirmam que seria “improvável”, dado o fato de que tal ataque precisaria de apoio e financiamento estadunidenses. Há também a possibilidade de atacar o país indiretamente, por meio de alvos como o Hamas, Hezbollah, do Líbano, ou os Houthis, do Iêmen. O gabinete planeja reunir-se novamente na próxima terça-feira (16).

Após o ataque, o Irã considerou a situação como “concluída”, a não ser que haja uma resposta israelense. Nesse caso, os árabes ameaçaram uma resposta “consideravelmente mais severa”.

O Irã também avisou para os Estados Unidos não se envolverem na questão. Caso contrário, as bases norte-americanas na região “não estarão em segurança”.

Publicidade

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.