
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que vai ampliar o muro na fronteira com o México para frear a entrada de imigrantes por meio de fundos concedidos pelo Congresso ao seu antecessor, Donald Trump.
Segundo o secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, “não havia nenhuma nova política do governo em relação aos muros fronteiriços. Desde o primeiro dia, este governo deixou claro que um muro fronteiriço não é a resposta”.
Quem são os migrantes?
No mês passado, a Patrulha da Fronteira deteve mais de 200 mil imigrantes que atravessavam a fronteira entre os EUA e o México, o maior índice neste ano. Segundo a rede de notícias Al Jazeera, os venezuelanos foram o maior grupo encontrado na fronteira entre os dois países neste período. Diante deste cenário, o governo de Biden está sob pressão política para conter o fluxo de pessoas.
Há mais de um ano que o governador do Texas, Greg Abbott, transporta migrantes da fronteira sul dos EUA para locais como Nova York, Washington e Chicago, o que gerou queixas furiosas de democratas.
Nova postura de Biden
Uma das primeiras ações de Biden após tomar posse em janeiro de 2021 foi emitir uma proclamação prometendo que “não serão desviados mais dólares dos contribuintes americanos para construir um muro fronteiriço”, bem como uma revisão de todos os recursos que já tinham sido comprometidos.
Biden tem enfrentado problemas com a fronteira desde os seus primeiros meses no cargo, quando os Estados Unidos enfrentaram uma onda de imigração de crianças desacompanhadas.
Relações entre EUA e México
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, visitou o México para tratar com o vizinho da questão migratória e do tráfico de fentanil. O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, afirmou que a decisão é um retrocesso.
“Esta autorização para a construção do muro é um retrocesso, porque isso não resolve o problema. É preciso atender as causas (da imigração irregular)”, disse o presidente durante sua habitual entrevista coletiva matinal, sobre a postura de Biden.