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Israel acusa agência da ONU de empregar 450 agentes de grupos terroristas

Em resposta, a UNRWA declarou que receberia de bom grado todas as informações para que elas fossem consideradas em uma investigação independente conduzida pelas Nações Unidas

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Distribuição de farinha pela UNRWA, agência da ONU – Crédito: Ahmad Hasaballah/Getty Images

Israel acusou a UNRWA, agência da ONU de assistência aos refugiados da Palestina, de empregar mais de 450 agentes militares do Hamas e de outros grupos considerados terroristas. Essa denúncia dos militares israelenses foi feita nesta segunda-feira (4) e compartilhada com as Nações Unidas.

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A UNRWA encontra-se no epicentro de uma crise diplomática pelas acusações de que muitos de seus funcionários têm ligações com o Hamas. Além disso, Israel aponta que alguns dos funcionários da UNRWA até mesmo participaram do ataque em 7 de outubro de 2023 que deu início ao conflito na Faixa de Gaza. Como resultado, os Estados Unidos e outros países suspenderam o financiamento à agência da ONU.

“Mais de 450 funcionários da UNRWA são agentes militares em grupos terroristas em Gaza. Mais de 450. Isto não é mera coincidência. Isto é sistemático. Não há como afirmar ‘Nós não sabíamos'”, foi o que declarou o contra-almirante Daniel Hagari. Ele ainda acrescentou que as forças israelenses enviaram essas informações aos parceiros de Israel e também às Nações Unidas.

Em resposta, a UNRWA declarou que receberia de bom grado todas as informações para que elas fossem consideradas em uma investigação conduzida pela ONU.

“A UNRWA incentiva qualquer entidade que tenha qualquer informação sobre as alegações muito graves contra o pessoal da UNRWA a compartilhá-las com a investigação em curso da ONU”, afirmou a chefe de comunicações da agência, Juliette Touma.

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Já os lideres palestinos se pronunciaram acusando Israel de orquestrar um ataque político à agência. Além disso, eles pediram pelo retorno do financiamento da UNRWA. Vale ressaltar que a agência gera empregos para cerca de 13 mil pessoas na Faixa de Gaza e oferece assistência a mais da metade da população de palestinos no enclave. A suspensão do financiamento aumentou a pressão sobre a agência, que já estava sobrecarregada.

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