
Mexicanos irão decidir neste domingo (10) se o presidente Andrés Manuel López Obrador deixa o cargo ou termina seu mandato em 2024. Este plebiscito é chamado de “consulta cidadã” e foi criado a partir de uma mudança na Constituição mexicana.
O referendo foi introduzido à Constituição em 2019 por iniciativa do próprio López, que foi eleito por seis anos na ocasião. Com uma aprovação de 58%, segundo levantamento consolidado da firma Oraculus, o presidente defende que o referendo é o remédio contra as más gestões públicas.
Entretanto, pelo fato de ser o primeiro plebiscito revogatório da história do México, analistas consideram difícil que a consulta alcance o limite de participação para ser vinculante: 37 milhões de eleitores (40% dos aptos a votar).
Políticos de oposição e alguns internautas pedem abstenção da população no plebiscito e alegam que o referendo é um ”ato de propaganda”. “Você termina e vai!” e “urnas vazias!”, são os principais slogans utilizados nas redes sociais.
Em seu twitter, López classificou o referendo como um ”histórico exercício democrático”. O presidente ainda disse que ”a democracia deve ser um modo de vida e um hábito dos mexicanos para que ninguém se sinta absoluto”. ”O povo é quem manda”, completou López Obrador.
Participamos en el histórico ejercicio democrático que hoy se lleva a cabo en todo el país.
La democracia debe ser una forma de vida, un hábito de las y los mexicanos para que nadie se sienta absoluto. El pueblo es el que manda. pic.twitter.com/0JbJrNPXn0
— Andrés Manuel (@lopezobrador_) April 10, 2022