A ajuda humanitária enviada à Faixa de Gaza só deve conseguir chegar no território a partir de sábado (21), segundo previsão do porta-voz da agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para a ajuda humanitária.
Cerca de 100 caminhões com mantimentos aguardam na passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, pela autorização para entrarem no território, formando uma fila quilométrica de veículos. A população já sofre com escassez de comida e água potável na região.
O posto de controle é o único lugar em que é possível cruzar do Egito para a Faixa de Gaza, ou ao contrário, e ficam localizados na cerca de quase 13 km que separa o território palestino da península do Sinai.
Onu
Para a Organização das Nações Unidas (ONU), o cenário é desastroso: não há eletricidade desde o dia 11, a insegurança alimentar só aumenta e o sistema de saúde está à beira do colapso.
Agências da ONU já alertaram que o território só tem comida para menos de uma semana e que a usina de dessalinização de água de Gaza foi desligada, aumentando o risco de mais mortes por falta de água, desidratação e doenças por ingestão de água contaminada.
Impasse
O governo de Israel havia bloqueado a entrada de água, alimentos, eletricidade e combustível em Gaza. Entretanto, um apelo da comunidade internacional e, principalmente, após um encontro com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Tel Aviv, convenceu, primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a autorizar o envio de ajuda humanitária para o território.
Na quarta-feira (19), um porta-voz da Presidência egípcia disse que estava coordenando, junto com os norte-americanos e com organizações humanitárias internacionais sob a supervisão da ONU, uma forma de garantir a chegada de ajuda.
