Senado do Chile desaprova impeachment de Piñera

Com 14 votos contrários não é mais possível dar continuidade a proposta

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Presidente do Chile, Sebastian Piñera (Crédito: Getty Images)

O Senado do Chile desaprova o impeachment contra Sebastian Piñera. Os processos que haviam sido aprovados pela Câmara dos Deputados na semana passada, devido a acusação de vínculos com a venda da empresa mineradora, a Dominga, nas Ilhas Virgens, foram encerrados.

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Para que o impeachment desse continuidade era necessário dois terços dos votos da casa, ou seja, 29 dos 43 senadores do país. Mesmo com a votação ainda não concluída, na atual situação, com 14 votos contrários não é mais possível dar continuidade a proposta. O presidente chileno que assumiu o cargo em 2018, já tendo ocupado em 2010, totalizou contando com esse, dois pedidos de impeachment.

De acordo com o G1, uma pesquisa de opinião, divulgada na semana passada, revelou que 67% dos chilenos concordavam com a acusação contra o presidente conservador, que não concorre neste pleito. Partidos de esquerda, têm apresentado bons resultados nas pesquisas de intenção de voto e poderão aumentar sua participação no congresso chileno.

A acusação contra o presidente foi quando documentos divulgados pelo Pandora Papers revelaram supostas irregularidades na venda da empresa Minera Dominga, da família do presidente chileno para o empresário Carlos Alberto Délano. A investigação foi aberta há um mês atrás. Em nota oficial emitida pelo gabinete da presidência, Sebastián Piñera chegou a negar o envolvimento com a venda e afirmou que os fatos já foram investigados em 2017.

O presidente permaneceu todo esse tempo no cargo, pois diferente do Brasil, no Chile não é necessário se afastar do poder enquanto ocorre o processo de impeachment. Alguns acontecimentos durante seu segundo mandato foram a “Agenda da Mulher”, um pacote legislativo lançado pelo Presidente Piñera, em maio de 2018, em resposta a manifestações feminista e em 2019, um projeto de lei das fileiras da oposição que causou tensões, além de ter sido o ano que também se livrou de um pedido de impeachment.

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