Guerra na Ucrânia

Vaticano se manifesta após críticas de Kiev ao Papa Francisco

A manifestação ocorre após representantes ucranianos criticarem o líder católico por lamentar a morte de Darya Dugina.

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Papa Francisco (Créditos: Getty Images)

Nesta terça-feira (30), o Vaticano divulgou uma nota oficial em que reforça que o Papa Francisco condena a guerra iniciada pela Rússia na Ucrânia. Além disso, disse ainda que seu posicionamento é fazer uma defesa da vida, e não tomar um posicionamento político.

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A manifestação ocorre após representantes ucranianos criticarem o líder católico por lamentar a morte de Darya Dugina, jornalista e analista política, filha do ideólogo Alexander Dugin. O pensador e influenciador é apontado como um dos principais aliados do presidente russo Vladimir Putin.

Em sua fala, Francisco afirmou que pensava “na pobre garota que voou no ar por causa de uma bomba sob o banco do seu carro em Moscou” e disse que eram sempre os “inocentes que pagam o preço da guerra”. 

“No contexto da guerra na Ucrânia, são numerosas as intervenções do Santo Padre Francisco e de seus colaboradores sobre esse assunto. Elas têm como finalidade maior aquela de convidar os pastores e os fiéis às orações, e todas as pessoas de boa vontade à solidariedade e aos esforços para a reconstrução da paz”, diz o início da nota.

De acordo com o Vaticano, “em mais de uma ocasião, como aconteceu nos últimos dias, foram feitas discussões públicas sobre o significado político a ser atribuído a tais intervenções”. “Sobre tais pontos, reforça-se que as palavras do Santo Padre sobre essa dramática questão devem ser lidas como uma voz levantada em defesa da vida humana e dos valores conectados a ela, e não como uma tomada de posição política. Quanto à guerra de amplas dimensões na Ucrânia, iniciada pela Federação Russa, as intervenções do Santo Padre Francisco são claras e inequívocas em condená-la como moralmente injusta, inaceitável, bárbara, insensata, repugnante e um sacrilégio”, finaliza o comunicado.

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