O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse esperar imparcialidade do presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes. Bolsonaro, em visita ao Senado nesta quarta-feira (21), se referia ao seu julgamento, que pode torná-lo inelegível por oito anos, marcado para amanhã no TSE.
O ex-mandatário participou de uma reunião no gabinete do seu filho Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no Senado. A visita ocorreu no mesmo momento em que o advogado Cristiano Zanin, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva do Supremo Tribunal Federal (STF), é sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.
Na saída, o ex-presidente afirmou que foi tratar do julgamento de uma ação que pede sua inelegibilidade, marcado para começar na quinta-feira no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob a liderança do ministro Alexandre de Moraes. O ex-presidente negou que a ida tenha relação com a sabatina. “Amanhã é meu julgamento”, explicou.
Ele também criticou uma possível diferença no tratamento do TSE, em relação ao julgamento da chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer, em 2017. E acrescentou que “será péssimo para a democracia se eu for julgado de forma diferente como foi a chapa Dilma-Temer em 2017”. Por esta razão, Bolsonaro espera imparcialidade por parte do TSE.
Alguns deputados federais aliados do ex-presidente como Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF) e Filipe Barros (PL-PR) também participaram da reunião no Senado Federal, assim como o ex-ministro e ex-chefe de gabinete de Bolsonaro, Célio Faria.
Antes da sabatina, o ex-presidente evitou criticar a indicação do advogado Cristiano Zanin ao STF; ele afirmou que a escolha do nome é prerrogativa do presidente da República. Seu partido, o PL, liberou a bancada.
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