ABERRAÇÃO ECONÔMICA

Ciro Gomes chama teto de gastos de “aberração” e critica supersalários de generais

O pedetista afirmou que o teto de gastos não é usado ‘no que interessa ao povo’ e que o modelo adotado no Brasil é um ‘assalto a mão armada.’

Candidato discursou por uma hora e meia na reunião, onde falou também sobre revitalizar a indústria brasileira e diminuir burocracias. (Créditos: Reprodução/Redes sociais)

Em encontro com o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), em São Paulo nesta segunda-feira (22), o candidato à presidência pelo PDT, Ciro Gomes, criticou a atual existência do teto de gastos previsto em lei, chamando a medida de ‘aberração.’

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Teto de gastos com status constitucional é uma absoluta aberração (…) A maior conta pública é juro para banco, que subiu para R$ 600 bilhões por ano só no governo Bolsonaro e está fora do teto de gasto“, disse o pedetista o evento.

As críticas de Ciro se estenderam para as emendas de relator e supersalários de generais. Segundo o candidato, o teto deveria ser aplicado ‘no que interessa ao povo.’

Sobre as emendas, Ciro disse que os R$19,3 bilhões previstos para 2023 pela Lei Orçamentária Anual “estão entregues a roubalheiras da emenda do relator”. Já no que diz respeito aos salários dos generais, o candidato questionou: “O teto de gastos, a pretexto de garantir a equação de finanças públicas sadias, não protegeu, por exemplo, os supersalários dos generais, que aumentaram nove pontos acima da inflação. Onde está sendo praticado o teto de gastos?

Ciro Gomes propôs uma alternativa baseada no modelo estadounidense do teto de gastos, que abraça todas as despesas, e criticou de novo o modelo adotado no Brasil definindo-o como ‘assalto a mão armada.’

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O único lugar do mundo que tem um teto de gasto que eu conheço é os Estados Unidos, que é assim: todas as despesas, inclusive juros para dívida. Assim você está protegendo, porque, deu um desequilíbrio, obriga ao poder político a curtíssimo prazo a renegociar o equilíbrio fiscal, cortar despesa e aumentar receita, ano a ano. Vinte anos [de teto de gastos] em um país em que nascem 2,7 milhões de pessoas deixando juros para fora é um assalto a mão desarmada que se tem feito ao povo brasileiro“, disse o candidato.

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