O Ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou que a coligação de Jair Bolsonaro apresente “provas ou documentos sérios”, que possam comprovar a alegação de que inserções do candidato deixaram de ser exibidas na região Nordeste do país.
De acordo com o despacho do presidente do TSE, a coligação de Bolsonaro não indicou o nome das rádios ou o dia e a hora que as inserções deixaram de ser veiculadas. Moraes determinou que os dados sejam informados em até 24 horas.
“Os fatos narrados na petição inicial não foram acompanhados de qualquer prova e/ou documento sério, limitando-se o representante a juntar um suposto e apócrifo “relatório de veiculações em Rádio”, que teria sido gerado pela empresa ‘Audiency Brasil Tecnologia’, escreveu Moraes.
“Nem a petição inicial, nem o citado relatório apócrifo indicam eventuais rádios, dias ou horários em que não teriam sido veiculadas as inserções de rádio para a Coligação requerente; nem tampouco a indicação de metodologia ou fundamentação de como se chegou à determinada conclusão”, segue o ministro.
“Tal fato é extremamente grave, pois a coligação requerente aponta suposta fraude eleitoral sem base documental alguma, o que, em tese, poderá caracterizar crime eleitoral dos autores, se constatada a motivação de tumultuar o pleito eleitoral em sua última semana”, conclui Moraes.
Alexandre de Moraes já despachou na denúncia de inserções de Bolsonaro que não foram ao ar. Diz que a petição não foi acompanhada de nenhuma prova e dá 24 horas para que a coligação apresente alguma prova pic.twitter.com/ztm8nDXF4s
— Vera Magalhães (@veramagalhaes) October 24, 2022