Chanceler alemão afirma que ‘Rússia pagará preço alto se atacar a Ucrânia’

O chanceler está nos EUA para um encontro com o presidente americano Joe Biden

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Olaf Scholz e Joe Biden falam com repórteres antes do início de uma reunião no Salão Oval da Casa Branca em 07 de fevereiro de 2022 em Washington, DC. (Crédito: Al Drago/The New York Times-Pool/Getty Images)

Olaf Scholz, atual chanceler alemão, disse nesta segunda-feira (7) que a Rússia “pagará um preço alto” se atacar a Ucrânia. A afirmação foi feita em entrevista coletiva durante a visita de Olaf à Casa Branca, nos Estados Unidos.

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O chanceler está nos EUA para um encontro com o presidente americano Joe Biden sobre a crise na Ucrânia. Esta é a primeira visita oficial do novo líder alemão ao país.

“Estamos nos preparando para, se houver uma invasão, agir rápida e decisivamente, além claro, de uniformemente”, disse Olaf.

Já em Kiev, capital da Ucrânia, a ministra de relações exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, concedeu entrevista coletiva nesta segunda-feira (7) ao lado de Dmytro Kuleba, ministro de mesmo cargo na Ucrânia.

Baerbock declarou que a Alemanha irá conceder apoio inequívoco aos ucranianos. “Estamos com a Ucrânia”, disse Baerbock. “Ninguém conseguirá criar uma barreira entre nós”, disse ela, acrescentando: “Caro Dmytro, você sabe que pode contar com a Alemanha”.

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Em seu twitter, Joe Biden disse que estava ansioso para receber o chanceler na Casa Branca. ”Estou ansioso para receber o chanceler alemão Olaf Scholz na Casa Branca esta tarde. Estamos trabalhando juntos para apoiar a soberania e a integridade territorial da Ucrânia e estamos comprometidos em progredir no COVID-19, mudanças climáticas e muito mais”, escreveu Biden.

Entraves econômicos entre Alemanha e Rússia

A Alemanha vem sendo bastante criticada por não ter tomado uma posição certeira em relação às tensões entre Rússia e Ucrânia.

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A jornalista Sandra Cohen analisa essa contenção alemã como um possível entrave na solução do caso. “A Alemanha é o maior comprador mundial do gás russo: recebe do país mais da metade de suas importações, em comparação à média de 40% dos demais países da União Europeia. Isso explica, por exemplo, a oposição de Berlin ao envio de armas da Estônia para a Ucrânia”, afirmou Cohen.

A relação entre a Rússia e a Alemanha foi fortalecida pela criação do gasoduto Nord Stream 2. A construção deve aumentar o fluxo de gás natural que chega até a Alemanha partindo da Rússia. Contudo, o conselho da OTAN acredita que a desistência do projeto pode se tornar uma sanção russa caso Putin decida invadir a Ucrânia.

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