visita diplomática

Com presidente israelense nos EUA, ativistas pedem ação contra abusos de Israel

A expectativa é de que Herzog seja bem recebido na Casa Branca amanhã (18), mesmo em um momento em que a violência contra palestinos esteja se intensificando na fronteira com Israel

Isaac Herzog visita Joe Biden enquanto EUA e Israel aprofundam os laços, apesar da situação preocupante dos direitos humanos de palestinos.
Embora Herzog ocupe um cargo de liderança, seu papel no governo israelense é “majoritariamente cerimonial”. (Crédito: Reprodução)

O presidente israelense Isaac Herzog está com visita marcada para os Estados Unidos, e deve chegar ao país nesta terça-feira (18). Lá, ele vai se encontrar com o presidente Joe Biden e participar de uma sessão conjunta do Congresso enquanto os EUA e Israel aprofundam os laços, apesar da situação preocupante dos direitos humanos de palestinos.

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De acordo com a emissora Al Jazeera, embora Herzog ocupe um cargo de liderança, seu papel no governo israelense é “majoritariamente cerimonial“. A chefia do poder executivo recai sobre o primeiro ministro, Benjamin Netanyahu.

Defensores de direitos humanos afirmam, porém, que a visita do presidente será um reforço ao apoio inquestionável dos Estados Unidos a Israel durante um período em que muitos destes ativistas pedem a Biden que pressione o governo de Netanyahu a acabar com os abusos contra o povo palestino.

A expectativa é de que Herzog seja bem recebido na Casa Branca, mesmo vindo em um momento em que a violência contra palestinos esteja se intensificando na fronteira com Israel. E participar de uma sessão conjunta do Congresso é uma oportunidade rara, concedida apenas aos aliados mais próximos dos EUA.

Precisamos de responsabilização por tantas violações dos direitos humanos contra os palestinos, que estão apenas aumentando“, disse Hassan El-Tayyab, diretor legislativo para política do Oriente Médio no grupo de defesa Friends Committee on National Legislation. Ele reforça que Herzog e Netanyahu representam “o mesmo governo israelense“.

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“Os membros do Congresso deveriam usar esta viagem para reivindicar mudanças nessas políticas sobre anexação, detenção de crianças, demolição de casas, violência, tratamento de jornalistas, incluindo a Shireen Abu Akleh – e a lista continua”, diz.

A repórter Shireen Abu Akleh foi baleada e morta por um atirador israelense em maio de 2022, enquanto fazia matérias sobre um ataque de Israel na cidade ocupada de Jenin, na Cisjordânia. Não houve registro de tiroteios próximos à área onde ela estava e, no momento de sua morte, Abu Akleh vestia um capacete e colete à prova de balas que a identificavam como jornalista.

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