O Reino Unido está passando pela maior onda de greves em mais de uma década. Cerca de meio milhão de britânicos participa da onda de greves que afeta a rede ferroviária, as escolas e o funcionalismo público de todo o país. Os manifestantes foram às ruas na quarta-feira (1º/2) reivindicando melhores salários em razão do aumento do custo de vida. Esta é considerada a maior paralisação geral da última década.
O país foi palco de enormes insatisfações nessas dimensões no ano de 2011, quando mais de um milhão de trabalhadores do setor público fizeram uma paralisação para negociar suas pensões com o governo.
No ano passado, a inflação do Reino Unido encerrou em 10,5%, segundo dados do Escritório Nacional de Estatística do país – a mais alta em 40 anos. O descontentamento está relacionado com o reajuste proposto pelo governo, no qual muitos trabalhadores do setor público receberam aumentos de 4% ou 5% para o ano fiscal atual, valor abaixo da metade da inflação do país.
A escalada da ação grevista está ocorrendo apenas algumas semanas depois que o atual governo tentou resolver as disputas salariais para pôr fim à pior onda de agitação industrial que o país já viu em muitas décadas.
Com as paralisações dos serviços, a já afetada economia do Reino Unido da Grã Bretanha e Irlanda do Norte em razão da pandemia, da guerra da Ucrânia e do Brexit, agora sofre outro golpe. Entre as grandes potências econômicas do mundo, o país governado pelo primeiro-ministro Rishi Sunak será, provavelmente, a única delas a mergulhar em uma grave recessão em 2023.
EXIGÊNCIAS DOS GREVISTAS
– Aumentos dos salários acima dos 5% reajustados pelo governo;
– Equiparação salarial com a inflação atual;
– Correção dos valores. Segundo os sindicatos dos trabalhadores, a remuneração média de funcionários públicos piorou em 203 libras (pouco mais de R$ 1.500), ante 2010 e com o custo de vida atual.
🚨URGENTE🚨
🇬🇧 Chefe do comitê de defesa do Reino Unido apela para confronto direto com Rússia
Tobias Ellwood, chefe do comitê de defesa britânico, defende que o Reino Unido, que já tem estado envolvido no conflito na Ucrânia, agora precisa enfrentar a Rússia “cara a cara”. pic.twitter.com/ejjOlJ8Zub
— conflitos e guerras (@guerrassea) February 2, 2023
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