Repressão

Repressão na Nicarágua: policiais proíbem procissão católica

As relações entre a igreja católica e o governo da Nicarágua são conflituosas desde o protesto contra Daniel Ortega, presidente do país.

Repressão na Nicarágua: policiais proíbem procissão católica
(Créditos: Getty Images)

No último sábado (6), a polícia proibiu uma procissão católica na capital da Nicarágua, Manágua. De acordo com a arquidiocese, os policiais alegaram serem medidas de segurança interna, a pressão sobre a igreja no país é intensificada.

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A arquidiocese, como forma de retorno,  pediu aos fiéis que neste sábado (13) fiquem em oração e façam jejum, além de também comparecerem à missa na catedral de Manágua, pulando a procissão que deveria ser uma cerimônia de encerramento para o Congresso Mariano do país e a despedida da imagem portuguesa da santa Nossa Senhora de Fátima.

Este clima de tensão entre a igreja e o governo começou após uma proposta do presidente Daniel Ortega de seguridade social provocar protestos em todo o país.

Segundo a CNN, a igreja exigiu justiça para os mais de 360 mortos durante as manifestações (números compilados por organizações de direitos humanos),  fazendo com que padres e bispos fossem acusados pelo governo da Nicarágua de conspirar.

As estações de rádio católicas, lideradas pelo bispo Rolando Álvarez, crítico do presidente, que dirige a Diocese de Matagalpa e Esteli, foram retiradas do ar uma semana antes da repressão policial na igreja. 

Há duas semanas, Álvarez está preso no palácio episcopal da diocese, alvo de investigações por conspiração, cercado pela polícia. 

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