A Rússia apresentará um plano próprio de resolução humanitária na Ucrânia, disse o embaixador russo Vassily Nebenzia na ONU (Organização das Nações Unidas) nesta terça-feira (15).
Nebenzia também disse que a Rússia interromperá sua invasão quando os objetivos de “sua operação militar especial forem alcançados na Ucrânia, incluindo a desmilitarização”.
Nesta terça (15) , delegações de Rússia e Ucrânia retomaram as negociações por videoconferência, após uma “pausa técnica” na segunda-feira (14). Sobre as conversas, um dos principais negociadores ucranianos, Mykhailo Podoliak, afirmou que o encontro aborda “assuntos de regulamentação geral, cessar-fogo e retirada de tropas do território”. As conversas foram classificadas como “difíceis” pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
Os russos querem que a Ucrânia mude sua Constituição para resguardar neutralidade (fora da Otan), além de considerar Crimeia como território russo e reconhecer as repúblicas separatistas de Donetsk e Luhansk como territórios independentes.
LIVE: Russia's UN Ambassador Vassily Nebenzia speaks to journalists https://t.co/pIn7Hc3VST
— PresserWatch (@PresserWatch) March 15, 2022
Entenda a invasão da Rússia na Ucrânia
O presidente Vladimir Putin ordenou uma invasão na Ucrânia, na quinta-feira (24). Desde então, o exército russo faz ofensivas por terra, ar e mar contra pontos estratégicos ucranianos, incluindo a capital Kiev e Kharkiv, segunda maior cidade do país.
Militares russos também conquistam terreno no sul da Ucrânia. Pelo menos uma cidade portuária, Kherson, já foi tomada por eles.
Um dos fatores que desencadeou o conflito foi a possibilidade da Ucrânia entrar na OTAN, aliança militar do Ocidente. Uma das demandas da Rússia nas negociações sobre a guerra é que a Ucrânia se comprometa a nunca entrar na OTAN e na União Europeia. Moscou também exige que Kiev reconheça a independência das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, no leste ucraniano, e que a Crimeia faz parte da Rússia.
Putin argumenta que está realizando uma “operação especial” para proteger os russos que vivem em território ucraniano. Ao mesmo tempo, Putin também diz que a Ucrânia está sob controle estrangeiro e que não merece ser um país independente.