Yahya Sinwar é considerado o número dois na hierarquia do grupo terrorista Hamas. Com a patente, o torna o mais alto funcionário do grupo na Faixa de Gaza. Sinwar governa o território palestino há seis anos, eleito por meio de votações secretas.
O chefe político, Ismael Haniyeh, está baseado no Catar.
Atentados
Sinwar é o responsável por planejar o maior atentado terrorista em solo israelense, no último sábado (07). Foi atribuído a ele o planejamento da Operação Dilúvio de Al-Aqsa, que infiltrou centenas de terroristas armados em Israel, sendo responsáveis pelo assassinato de pelo menos 1.000 pessoas e a tomada de 130 reféns.
Por conta disso, o comandante desencadeou a maior ofensiva militar de Israel contra Gaza. As Forças de Defesa de Israel decretaram sua sentença.
“Yahya Sinwar, o líder do Hamas que reacendeu a guerra entre a Palestina e Israel, é um homem morto”, afirmou as agências de notícias, Daniel Hagari, porta-voz do Exército israelense.
Prisão
O atual comandante do Hamas em Gaza passou 23 anos em prisões israelenses, condenado a quatro penas de prisão perpétua, pela morte de dois soldados israelenses e de quatro palestinos considerados espiões de Israel.
Em 2011, Sinwar foi libertado e outros 1.026 prisioneiros palestinos, em troca do soldado israelense Gilad Shalit, sequestrado cinco anos antes pelo Hamas. Aos 61 anos, Sinwar fala e escreve hebraico fluentemente e declarou que enquanto esteve preso, dedicou-se a estudar o inimigo.
Em 2018, durante as negociações para um cessar-fogo com Israel, ele redigiu uma mensagem ao primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, com apenas duas palavras: “risco calculado”.
Contra-ataque
Os primeiros bombardeios das forças israelenses em Gaza, ainda no sábado passado, foram direcionados à casa e ao gabinete de Sinwar, sem sucesso.
