Guru da Família Bolsonaro

Steve Bannon se entrega em Nova York

O ex-assessor de Trump é acusado de fraudar doações para a construção de um muro na fronteira com o México, nos EUA.

Steve Bannon se entrega em Nova York
Steve Bannon, guru da família Bolsonaro (Crédito: Drew Angerer/Getty Images)

O ex-assessor e estrategista da campanha de Donald Trump, Steve Bannon, se entregou à polícia de Nova York na manha desta quinta-feira (8). Bannon enfrenta a acusação, feita pelo estado, de ter fraudado doações que recebeu para a construção de um muro na fronteira com o México.

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“Isso é uma ironia, no mesmo dia em que o prefeito desta cidade tem uma delegação na fronteira, eles estão perseguindo pessoas aqui, que tentam detê-los na fronteira”, afirmou Bannon na porta do escritório da promotoria nesta quinta.

Steve Bannon e Bolsonaros

Steve Bannon é ex-vice-presidente da “Cambridge Analítica”, empresa que coleta dados de usuários da internet. Bannon participou, com a Cambridge Analítica, da ascensão de algumas figuras ligadas à ultradireita no mundo: Viktor Orbán na Hungria, Matteo Salvini na Itália, Marine Le Pen na França e do partido Vox na Espanha.

A relação de Bannon com a família Bolsonaro começou aí. Jair Bolsonaro (PL), em 2018, foi eleito com a ajuda de Steve Bannon e, desde então, o deputado federal e filho do presidente, Eduardo Bolsonaro (PL), tem encontros frequentes com o ex-assessor de Trump. A boa relação rendeu a Eduardo o cargo de chefe da aliança internacional de ultradireita “O Movimento” na América Latina, grupo que Bannon é um dos líderes.

Quando se entregou, na manhã desta quinta, Bannon fez um post apoiando Jair Bolsonaro por meio da rede social Gettr, que reúne adeptos da ultradireita em todo o mundo:

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“Bolsonaro reunindo milhares; Lula imita [Joe] Biden e se esconde no porão. Quem está pronto para liderar o Brasil”, afirmou Bannon.

Guru da família Bolsonaro, Steve Bannon não atua para persuadir e sim para desorientar, como ele mesmo afirma ao contar a sua estratégia:

“As redes sociais e toda uma bateria de novas tecnologias baseadas em dados e inteligência artificial permitem o uso da comunicação como um laboratório sem os limites do politicamente correto: os humilhados pediam sangue, e eles iriam obtê-lo. No laboratório digital, é possível analisar em tempo real quais mensagens geram maiores paixões e despertam mais respostas (engajamento) para usá-las como munição infinita em qualquer ocasião.”

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