O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou nesta terça-feira (18) a saída temporária do ex-deputado Roberto Jefferson do presídio em Bangu, no Rio de Janeiro, para a realização dos exames médicos.
Moraes também determinou que a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio efetue um laudo médico que avalie a capacidade ou não do hospital penitenciário tratar Roberto Jefferson.
O político deverá ser acompanhado por escolta e retornar ao estabelecimento prisional após a realização dos exames necessários.
“Consideradas as novas alegações da defesa —realizadas em 17/01/2022— em relação ao quadro de saúde do preso e a necessidade de exames específicos de saúde em unidade hospitalar adequada”, afirmou Moraes, “é possível a autorização para a saída do custodiado”.
Jefferson foi preso em agosto do ano passado por ordem de Moraes, que atendeu a um pedido da Polícia Federal. Foi também determinado o cumprimento de busca e apreensão em endereços ligados ao ex-deputado.
As apreensões ocorreram dentro do inquérito que investiga a organização criminosa digital responsável por ataques às instituições. Segundo o ministro, Roberto divulgou vídeos e mensagens com o “nítido objetivo de tumultuar, dificultar, frustrar ou impedir o processo eleitoral, com ataques institucionais ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e ao seu presidente (ministro Luís Roberto Barroso).”
A pedido de parlamentares filiados ao PTB, Moraes determinou o afastamento do ex-deputado da presidência nacional do partido por pelo menos seis meses.
Nesta segunda (17), Ana Lucia Jefferson, esposa de Roberto, divulgou um vídeo nas redes sociais apelando às autoridades para que ele fosse levado a um hospital. Ana afirma que o marido corre risco de morte.
“Quem puder ajudar… o presidente Bolsonaro. O Roberto precisa ser transferido para um hospital. Acabei de receber a ligação da médica”, disse. “Roberto tem comorbidades, não tem como ficar naquele presídio. Ele precisa ser transferido para um hospital com urgência. Ele está correndo risco de vida. Gente, quem puder, me ajuda. Que as autoridades olhem por ele.”
Leia na íntegra a decisão de Moraes.