O Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos informou nesta quarta-feira (9) que 516 civis já morreram na invasão russa da Ucrânia, incluindo 17 crianças. Outras 908 pessoas ficaram feridas nos combates, sendo 50 menores de idade.
A maioria dos ferimentos foi causada por armamentos que lançam explosivos e mísseis. A agência da ONU alertou que o número real de vítimas pode ser “consideravelmente maior”. Relatos de vítimas das cidades Volnovakha, Mariupol e Izium ainda são verificados. Autoridades dessas cidades dizem que há centenas de mortos e feridos.
O principal oficial de segurança da Ucrânia, Oleksiy Danilov, diz que 67 crianças foram mortas desde que a invasão russa começou em 24 de fevereiro, segundo a rede Al Jazeera.
A Rússia nega que esteja atacando alvos civis na guerra. A ONU fez um apelo para que os russos liberem a saída dos ucranianos que querem deixar as áreas de conflito.
Entenda a invasão da Rússia à Ucrânia
O presidente Vladimir Putin ordenou uma invasão na Ucrânia, na quinta-feira (24). Desde então, o exército russo faz ofensivas por terra, ar e mar contra pontos estratégicos ucranianos, incluindo a capital Kiev e Kharkiv, segunda maior cidade do país. Militares russos também conquistam terreno no sul da Ucrânia.
Um dos fatores que desencadeou o conflito foi a possibilidade da Ucrânia entrar na OTAN, aliança militar do Ocidente. Uma das demandas da Rússia nas negociações sobre a guerra é que a Ucrânia se comprometa a nunca entrar na OTAN e na União Europeia. Moscou também exige que Kiev reconheça a independência das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, no leste ucraniano, e que a Crimeia faz parte da Rússia.
Putin argumenta que está realizando uma “operação especial” para proteger os russos que vivem em território ucraniano. Ao mesmo tempo, Putin também diz que a Ucrânia está sob controle estrangeiro e que não merece ser um país independente.