A população de Cuba aprovou a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, a adoção por casais LGBTQIA+ e a barriga de aluguel, ao ratificar por 67% dos votos, em referendo realizado no domingo (25), o Código das Famílias apoiado pelo governo.
Segundo dados oficiais, 6.251.786 eleitores votaram, o equivalente a 74,01% do registro eleitoral. Do total de 5.891.705 votos válidos contados até agora, 3.936.790 foram pelo “sim” (66,87%), e 1.950.090, pelo “não” (33,13%). A legislação precisava de mais de 50% de apoio para ser validada. Esta foi a primeira vez que os cidadãos da ilha foram consultados sobre os temas.
“O ‘sim’ venceu. A justiça foi feita“, escreveu o presidente Miguel Díaz-Canel em sua conta no Twitter nesta segunda-feira. “Aprovar o Código da Família é fazer justiça. É pagar uma dívida com várias gerações de cubanos e cubanas, cujos projetos familiares esperam há anos por esta lei. A partir de hoje, seremos uma nação melhor“, acrescentou o presidente.
Ganó el Sí. Se ha hecho justicia. Aprobar el #CódigoDeLasFamilias es hacer justicia. Es saldar una deuda con varias generaciones de cubanas y cubanos, cuyos proyectos de familia llevan años esperando por esta Ley. A partir de hoy seremos una nación mejor. #ElAmorYaEsLey ❤️🇨🇺 pic.twitter.com/O5o0Hi2cm1
— Miguel Díaz-Canel Bermúdez (@DiazCanelB) September 26, 2022
Apesar do resultado favorável, a participação foi menor do que a registrada para aprovar a nova Constituição, em 2019, quando chegou a 90,15%. Também foi a maior porcentagem de votos contra que uma proposta do governo cubano já recebeu em uma votação.