"MAMMA MIA!"

Forte onda de calor transforma a Itália em um ‘forno de pizza gigante’

Segundo cientistas, o ar quente oriundo da África estacionou sobre parte Europa; previsões meteorológicas indicam que as altas temperaturas vão prosseguir por mais dias

Forte onda de calor transforma a Itália em um 'forno de pizza gigante'
A onda de calor cobre boa parte do continente europeu; a Itália é um dos principais países afetados pelas altas temperaturas (Crédito Foto: Antonio Masiello/Getty Images

A Itália e outros países da Europa, principalmente aqueles localizados no sul do continente, se transformaram em um grande “forno de pizza”.

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Muitos países estão sofrendo com a forte onda de calor: as temperaturas nos últimos dias estão ao redor dos 45°C  nos países da bacia do mar Mediterrâneo; em algumas localidades da região as temperaturas chegam perto dos 50°C. Em Atenas, capital da Grécia, os termômetros marcam mais de 40°C já há alguns dias.

O fenômeno meteorológico transformou a Itália e os países vizinhos em um “forno de pizza gigante”, segundo algumas declarações de cientistas do Science Media Centre, cuja sede é no Reino Unido.

“A bolha de ar quente que inflou no sul da Europa transformou a Itália e os países vizinhos em um forno de pizza gigante”, disse Hannah Cloke, cientista climática e professora da Universidade de Reading, em comunicado divulgado à mídia nesta segunda-feira (17).

Cloke explicou como o fenômeno da “pizza” está acontecendo. “O ar quente que veio da África agora está parado, com condições de alta pressão estabelecidas, o que significa que o calor no mar quente, terra e ar continua a crescer”, disse.

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O professor do departamento de Geografia da University College London, Simon Lewis, fez um alerta: “Este é apenas o começo” e apontou que os extremos climáticos deste verão já estão acontecendo, pois o planeta aqueceu 1,2°C acima dos níveis pré-industriais – quase no limite de 1,5 °C acima que os cientistas previram.

“As políticas atuais em todo o mundo nos levam a atingir 2,7° C de aquecimento até 2100. Isso é realmente assustador”, esclareceu Lewis em nota.

Ele ainda acrescentou que o tempo está passando para que governantes efetuam modificações em suas políticas climáticas. “Como os cientistas concordaram no ano passado: há uma janela de oportunidade se fechando rapidamente para garantir um futuro habitável e sustentável para todos”, explicou. Os cientistas alertam há décadas que a crise climática aumentaria o calor extremo

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