A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), ligada à ONU, aponta “risco muito real de desastre nuclear” na usina de Zaporizhzhia, no sudeste da Ucrânia, que está sob controle russo. Neste domingo (7), Rússia e Ucrânia trocaram acusações por novos bombardeios na usina, que é a maior da Europa.
De acordo com a companhia nuclear ucraniana Energoatom, ataques realizados na noite de sábado (6), por militares russos, danificaram três sensores de radiação da usina. Além disso, que um funcionário foi ferido por estilhaços e hospitalizado. Segundo a empresa, o bombardeio atingiu 174 containers com tubos de combustível nuclear já usados.
“Como resultado [do ataque], a detecção e reação rápida em caso de deterioração no status da radiação ou de vazamento de radiação dos containers (…) não são possíveis no momento”, disse a Energoatom, que acusou os militares russos de “atos de terrorismo nuclear”.
Por outro lado, a Rússia afirma que militares ucranianos haviam atingido a instalação. “Os edifícios administrativos e a área adjacente à instalação de armazenamento foram danificados” e os projéteis caíram “no raio de 400 metros de um reator em funcionamento”, afirmaram autoridades russas que controlam a cidade de Enerhodar, onde fica a usina, segundo a agência estatal de notícias russa Interfax.
OS PERIGOS CAUSADOS PELA GUERRA!
O Secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, pediu nesta segunda-feira (8/8) que inspetores internacionais tenham acesso à usina nuclear de Zaporizhzhia depois que Ucrânia e Rússia trocaram acusações— Alvaro Dias (@alvarodias_) August 8, 2022