Direitos Humanos

Irã usa religião como desculpa para violência contra mulher, diz ONU

A morte de Mahsa Amini deflagrou uma onda de conflitos entre manifestantes e forças policiais no país.

Irã usa religião como desculpa para violência contra mulher, diz ONU
Mahsa Amini morreu sob custódia da polícia do Irã por mau uso de véu (Crédito: Sean Gallup/Getty Images)

Em entrevista à Folha de S.Paulo, Javaid Rehman, relator especial de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), afirmou que o Irã utiliza a religião como uma espécie de desculpa para perpetuar a violência contra as mulheres no país.

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Para o professor da Universidade de Brunel, em Londres, a morte de Mahsa Amini sob custódia da polícia e a repressão violenta de forças policiais aos protestos que seguiram a morte da jovem demonstram uma escalada da violência no governo do presidente iraniano Ebrahim Raisi. Porém, o especialista em direitos humanos também enxerga, neste conflito, uma oportunidade-chave para a conquista dos direitos das mulheres.

O relator da ONU ainda afirma que há necessidade da comunidade internacional pressionar o Irã para que a violência contra as mulheres e outras violações de direitos humanos sejam combatidas, como o matrimônio infantil, que é liberado por lei no país.

“Do início deste ano até 10 de setembro, numa estimativa conservadora, ao menos 400 pessoas foram sentenciadas a morte e executadas no país. Houve uma enorme escalada nas violações dos direitos humanos. É chocante que o Irã tenha mais de 80 crimes puníveis com pena de morte. Crianças infratoras foram executadas, porque a lei permite”, disse Javaid Rehman à Folha de S.Paulo.

 

 

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