O governo Lula (PT) deu início, nesta quarta-feira (08), às operações de desmonte do garimpo ilegal na terra indígena Yanomami. A iniciativa contou com o Ibama, junto da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Força Nacional de Segurança Pública.
O objetivo é retirar mais de 20 mil garimpeiros que se instalaram na região nos últimos anos, inviabilizar linhas de suprimento e rotas que abastecem e escoam a produção do garimpo, além de garantir a permanência das equipes de fiscalização por prazo indeterminado.
Uma base de controle no rio Uraricoera foi instalada para impedir o fluxo de suprimentos para os garimpos e impedir uma possível via de fuga no local. Nenhuma embarcação com carregamento de combustível e equipamentos será autorizada a seguir daquele ponto de bloqueio.
Houve apreensão de gasolina, diesel, “voadeiras” de 12 metros, alimentos, freezers, geradores e antenas de internet. Segundo comunicado do governo federal, todos os suprimentos captados serão usados para abastecer a base de controle. Além disso, um helicóptero, um avião, um trator de esteira e estruturas de apoio logístico também foram destruídos. Duas armas e três barcos com cerca de cinco mil litros de combustível foram apreendidos.
A ação aérea está sendo realizada pelo Grupo Especializado de Fiscalização (GEF) do Ibama.
O ministro da defesa, José Múcio Monteiro, e os comandantes das Forças viajaram para Boa Vista (RR) hoje para acompanhar as operações.
A Polícia Federal investiga o crime de genocídio contra os Yanomamis durante o governo de Jair Bolsonaro. Enquanto isso, o Ibama fiscaliza distribuidoras e revendedoras responsáveis pelo comércio irregular de combustível de aviação que abastece os garimpos.
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— Ministério do Meio Ambiente (@mmeioambiente) February 8, 2023